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Papa Francisco pede proibição da prática de "barriga de aluguel"
Vaticano
Publicado em 08/01/2024

Esta foto tirada e divulgada em 7 de janeiro de 2024, pela mídia do Vaticano, mostra o Papa Francisco batizando crianças durante as celebrações da Festa do Batismo do Senhor, na Capela Sistina do Vaticano - (crédito: SIMONE RISOLUTI / VATICAN MEDIA / AFP)

O papa Francisco pediu, nesta segunda-feira (8/1), que a comunidade internacional proíba a prática conhecida como "barriga de aluguel".  "Considero deplorável a prática da chamada maternidade de aluguel, que ofende gravemente a dignidade das mulheres e da criança; e se baseia na exploração da situação de necessidade material da mãe", afirmou o religioso.

A Igreja Católica se opõe a essa prática, que consiste na implantação de um embrião no útero de uma "barriga de aluguel", que entrega o bebê ao casal solicitante após o nascimento. Em junho de 2022, o papa já havia descrito a situação como "desumana". Poucos países do mundo autorizam a prática e, quando fazem isso, a permissão é dada desde que o método ocorra sem qualquer compensação financeira envolvida.

Durante audiência com os membros do corpo diplomático da Santa Sé, o papa condenou a "comercialização" do corpo humano. "O caminho para a paz exige o respeito pela vida, por toda a vida humana, começando pela da criança não nascida no ventre materno, que não pode ser suprimida, nem transformada em um produto comercial", declarou o pontífice.

A barriga de aluguel comercial, ou seja, quando há uma recompensa financeira, é autorizada em alguns estados dos Estados Unidos. No Brasil, a prática é proibida. O que a Constituição brasileira prevê é que uma mulher que tenha vínculo sanguínea com o casal pode ser "doadora de útero" — ato conhecido como barriga solidária ou gestação por substituição.

Foto de perfil do autor(a) Correio Braziliense
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