Uma técnica milenar japonesa e que desperta a curiosidade dos visitantes da 46ª Expointer, em Esteio, é a elaboração das kokedamas. Koke significa musgo, e dama, bola — representando a união desses dois elementos em uma estrutura em forma de esfera pode-se cultivar suculentas, kalanchoes, cactos, samambaia, lírios-da-paz, espada de São Jorge, temperos e orquídeas sem vasos.
Na Casa da Emater, a extensionista rural Mônica Moreira Zang conta que o aprendizado da técnica pode ser uma alternativa para gerar renda extra aos pequenos produtores. “Tem muita gente que vê as kokedamas e quer saber mais. Elas são bonitas e, com a prática, pode-se fazer a esfera em cerca de 30 minutos. Além de ser uma fonte de renda, para muitas pessoas, é também um processo terapêutico”, diz, contando que a prática também é difundida entre frequentadores de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e ensinada a famílias que integram o Programa Primeira Infância Melhor, por exemplo.
A montagem de uma kokedama deve levar em conta a planta que será transplantada. O primeiro passo consiste em retirar com cuidado toda a terra envolvida em volta das raízes. Na sequência, deve-se misturar substrato, areia e água, colocar água e amassar a mistura, que deve ser envolvida nas raízes da planta e moldada para formar uma bola. O próximo passo é cobrir com musgo seco ou vivo, envolvendo toda a bola com uma leve pressão, ou com fibra de coco. A peça deve ser finalizada com fio de sisal ou nylon, como um novelo de lã. Outra dica é utilizar substratos e musgos de qualidade, pois isso influencia no resultado e no desenvolvimento da planta. O tamanho da bola de musgo dependerá do porte da planta escolhida.
As kokedamas podem ser usadas suspensas por fios de nylon ou em superfícies como bases de madeira, como demonstrado na Casa da Emater. De acordo com Mônica, entre os principais cuidados estão a exposição ao sol e a quantidade de água que a planta receberá. “Tudo dependerá da espécie escolhida. Se for uma suculenta, não precisa de tanto sol. Se for um tempero, como o curry, vai precisar de mais iluminação, como o sol da manhã”, observa.
Para regar adequadamente é fundamental conhecer a necessidade da espécie escolhida e seguir a mesma frequência que seria se estivesse em um vaso. A diferença é na forma de colocar água na planta: na Kokedama, a rega é por submersão, e o ideal é encher um recipiente com água para cobrir a bola e mergulhá-la, por, no mínimo, cinco minutos. Depois, deixar escorrer e retornar ao local de costume. Em épocas mais quentes pode-se usar um borrifador, entre as regas, para aumentar a umidade das plantas.
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