As estudantes da rede municipal de Imbé em situação de vulnerabilidade social receberão absorventes gratuitos. Na quarta-feira (1º de março), as secretárias Ruth Ruschel, titular da Secretaria Municipal de Educação (SMED), e Daiana Godoy, da Secretaria Municipal da Mulher e Direitos Humanos (SEMDHI), estiveram reunidas na sede da SMED com os orientadores das escolas da rede municipal de ensino para tratar da forma de distribuição destes itens de higiene.
A iniciativa atende a Lei Municipal 2.189, sancionada pelo governo municipal em junho de 2021, que criou o Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos (PFAH) nas escolas municipais como política pública de combate à precariedade menstrual.
Conforme Ruth, muitas alunas acabam deixando de ir às aulas por conta da falta de condições financeiras para comprar os absorventes, causando prejuízos no aprendizado. “Temos relatos de meninas que substituem o absorvente por roupas velhas ou papel higiênico. Colocar esse programa em prática é um ato de humanização, amor, acolhimento”, disse.
Daiana lembrou que uma lei federal, que acabou não sendo colocada em prática, ordenaria a distribuição dos itens de higiene para as alunas em situação de vulnerabilidade social em todo o País. “Esperamos esta ação que não veio, então colocamos em prática a nossa legislação municipal. Dignidade menstrual, assim como a distribuição dos uniformes e materiais escolares, são exemplos de grandes políticas públicas do nosso governo”, destacou a titular da SEMDHI.
A lei que criou o PFAH identifica a precariedade menstrual como falta de acesso, recursos, estrutura e até de conhecimento de cuidados por parte de mulheres e meninas acerca do assunto, o que pode ocasionar problemas de saúde ou até emocionais como desconfortos, insegurança e estresse, além de aumentar a discriminação que as mulheres sofrem.
A distribuição dos absorventes será organizada pelas equipes diretivas de cada escola e acontecerá de forma discreta, para não causar constrangimento às estudantes.
Fotos: Thaynara da Rosa