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Presidentes da Rússia e dos EUA fizeram pronunciamentos neste 21 de fevereiro - Às vésperas do primeiro aniversário da invasão russa na Ucrânia, os líderes da Rússia, Vladimir
Guerra
Publicado em 21/02/2023

Presidentes da Rússia e dos EUA fizeram pronunciamentos neste 21 de fevereiro -

Às vésperas do primeiro aniversário da invasão russa na Ucrânia, os líderes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Joe Biden, subiram o tom das acusações mútuas e - em rara convergência de opiniões - sinalizaram que o conflito está distante do fim.

Um dia depois da visita surpresa de Biden a Kiev, em uma operação secreta e arriscada para marcar o feriado patriótico americano do Dia do Presidente (20/2) com uma fotografia ao lado de Volodymyr Zelenski na capital ucraniana, em uma espécie de testemunho do fracasso russo em conquistar o território vizinho, Putin deu sua resposta em um discurso no parlamento russo, em Moscou.

O líder russo voltou a acusar EUA e Europa de serem os responsáveis pela guerra e de usarem conceitos como "democracia" para "esconder seus atos totalitários".

Mas reconheceu a dificuldade do momento, tanto para o país como para os familiares de soldados russos mortos no conflito na Ucrânia.

Putin, porém, afirmou que enquanto os países da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan) seguirem enviando armas para os ucranianos, a guerra não parará.

A tréplica de Biden veio apenas algumas horas depois, em um discurso na capital polonesa, Varsóvia, no qual ele tentou não apenas refutar as palavras de Putin mas aumentar o moral dos integrantes da OTAN e dos americanos, cujo apoio ao lado ucraniano - que tem significado altos custos para os americanos - vem esmaecendo.

"Putin já não duvida da força da nossa coalizão, mas duvida da força da nossa convicção" disse Biden, para na sequência complementar: "Nós não estamos cansados".

Biden disse ainda que "se a Rússia parar de atacar a Ucrânia, a guerra acaba. Se a Ucrânia parar de se defender, quem acaba é a Ucrânia", em resposta direta às acusações de Putin de que a Otan prolonga a guerra.

Os dois discursos têm um ar de "déjà vu", já que tanto Putin quanto Biden discursaram há um ano, sobre os assuntos, respectivamente no Parlamento russo e na Polônia.

E se no front o momento é de certa indefinição e de desenvolvimentos pouco decisivos - apesar de destrutivos, a batalha retórica de Putin e Biden dá pistas sobre quão bélicos devem ser os próximos meses ou mesmo anos na área.

BBC

 

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