(crédito: Aris Messinis/AFP)
Segundo Anistia Internacional e a Human Rights Watch, pelo menos três pessoas morreram em um ataque, incluindo uma criança
O exército russo está sendo acusado de usar bombas de fragmentação contra civis durante a invasão do território ucraniano. Um dos ataques teria ocorrido em uma área escolar de Okhtyrka, no nordeste da Ucrânia, causando pelo menos três mortes, incluindo de uma criança.A denúncia foi feita por grupos de direitos humanos, como as ongs Human Rights Watch (HRW) e Anistia Internacional, que pediram a abertura de uma investigação por crime de guerra. Esse tipo de munição é proibido desde 2010 por uma convenção internacional, que não teve assinatura da Rússia e nem da Ucrânia.
Ao ser disparada, a bomba de fragmentação libera projéteis menores, amplificando a área de dano, o que causa mais mortes e feridos. "O ataque parece ter sido lançado pelo Exército russo, que operava nas proximidades e que costuma usar bombas de fragmentação em zonas habitadas", afirmou a secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard.
Algumas das bombas de fragmentação não explodem no momento do lançamento, o que pode fazer delas minas antipessoais."Nada justifica o uso de bombas de fragmentação em zonas habitadas, muito menos perto de uma escola", acrescenta Agnès Callamard.
Dezenas de mortos em 24 horas
A invasão militar lançada pela Rússia na Ucrânia está se tornando cada vez "mais brutal" - advertiu o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, nesta segunda-feira (28), denunciando o alto número de vítimas civis.
"A campanha militar russa se torna cada dia mais brutal, e as forças ucranianas respondem com coragem. Kiev resiste, assim como Mariupol e Kharkiv", declarou Borrell, ao término de uma videoconferência com ministros europeus da Defesa.
De acordo com o chefe da Administração Estatal Regional da cidade ucraniana de Kharkiv, Oleh Sinehubov, pelo menos 11 pessoas morreram durante rodada de bombardeios na segunda-feira na região. No entanto, o número de óbitos pode chegar a dezenas.
Com informações da AFP.