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Lei que proíbe a circulação de livro do nazista Adolf Hitler é sancionada no Rio
Rio de Janeiro
Publicado em 07/01/2022

Publicado em 1925, o livro foi escrito durante a prisão de Adolf Hitler e se tornou, anos mais tarde, um guia ideológico utilizado pelo Partido Nazista

Decisão foi publicada no Diário Oficial do Município; o descumprimento da decisão pode acarretar multa e até a cassação do alvará de estabelecimentos que vendam o material

Rio - O prefeito Eduardo Paes sancionou nesta sexta-feira, 7, uma lei que proíbe a comercialização, publicação e circulação do livro "Minha Luta (Mein Kampf)", de Adolf Hitler, na cidade do Rio de Janeiro. De acordo com a decisão, publicada no Diário Oficial do Município, o descumprimento poderá acarretar multa e até a cassação do alvará do estabelecimento que venda o material.

O projeto de lei é de autoria dos vereadores Teresa Bergher (Cidadania) e Prof. Célio Lupparelli (DEM). Em 2016, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) já havia proibido a comercialização do livro escrito pelo líder nazista. Na época, a decisão foi tomada pelo juiz Alberto Salomão Junior, da 33ª Vara Criminal do Rio, e tinha como justificativa a ideia de que o livro incita práticas de intolerância contra grupos sociais, étnicos e religiosos.

Publicado em 1925, o livro foi escrito durante a prisão de Adolf Hitler e se tornou, anos mais tarde, um guia ideológico utilizado pelo Partido Nazista. Nele, há a exaltação do sentimento nacionalista a partir de conceitos raciais, além da indicação de quem seriam os "grandes inimigos" da Alemanha, ideia que justificou a perseguição sistemática aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Neonazismo no Brasil

Em outubro de 2021, a Polícia Civil do Rio deu início a uma investigação sobre a existência de grupos neonazistas que atuam no Brasil. O inquérito policial foi instaurado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) após a prisão de Aylton Proença Doyle Linhares, suspeito de tentar estuprar um menino de 12 anos e de participar de grupos neonazistas.

Na casa dele, em Vargem Grande, foi apreendido vasto material nazista, como armas, munições, bandeiras, uniformes e até mesmo uma carteirinha de partido nazista com a foto dele. Em depoimento à polícia, Aylton Proença não negou que tenha tentado abusar do menor e revelou que faz parte de grupos adoradores de Hitler.

Fonte 

Letícia Messias

Jornal O Dia

 

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