O governo do Estado lançou, nesta segunda-feira (5/4), por meio de decreto assinado pelo governador Eduardo Leite, a Política de Atendimento Integrado à Pessoa com Transtornos do Espectro Autista (TEA), também chamada de programa TEAcolhe, no Rio Grande do Sul. O evento contou com a participação de convidados externos, entre eles famílias que convivem com o TEA, o mestrando em Informática na Educação, youtuber, autista e programador Willian Chimura e o apresentador de televisão Marcos Mion.
A participação de pessoas que convivem com o TEA, direta ou indiretamente, reforça a importância do acolhimento a essas famílias e às pessoas diagnosticadas com a doença. Além do apresentador de TV, cujo filho Romeo foi diagnosticado com autismo, contribuíram com depoimentos três famílias. O mestrando Willian foi o responsável por conduzir o evento, transmitido nas redes sociais do governo.
"Essa é uma oportunidade única. No momento em que o governo do Rio Grande do Sul lança um projeto como esse, tira da sombra milhões de famílias. Está pegando na mão de mães desesperadas, de pais que simplesmente não sabem para onde correr, que acham que Deus virou a costa para eles, e vocês estão estendendo a mão para eles, trazendo luz para a vida dessas pessoas”, destacou o apresentador Marcos Mion.
A Política Estadual de Atendimento Integrado à Pessoa com TEA será desenvolvida de forma conjunta pelas secretarias da Saúde (SES), da Educação (Seduc), de Trabalho e Assistência Social (Stas) e da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH). Os secretários Mauro Hauschild (SJCDH), Raquel Teixeira (Seduc) e Regina Becker (Stas) também participaram do evento.
O moderador da Rede Gaúcha Pró-Autismo, Hugo Bras, o secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Luiz Henrique Viana, e Berenice Piana também estiveram presentes. Como deputado estadual, Viana comandou a Frente Parlamentar Estadual de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Berenice foi co-autora da Lei 12.764, sancionada em 28 de dezembro de 2012, que leva seu nome e institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro Autista.
Sobre o TEA
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico que começam na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta, como autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, transtorno desintegrativo da infância e a síndrome de Asperger.
Há dois critérios para o diagnóstico do TEA: déficit na reciprocidade socioemocional (seja na comunicação não verbal ou na interação social) e presença de comportamentos restritos ou repetitivos.
A diferença entre os transtornos é o grau, dentro do espectro autista, uma vez que é possível que pessoas com TEA apresentem desde pequenas dificuldades de socialização até afastamento social, deficiência intelectual e dependência de cuidados ao longo da vida.
Estima-se que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tem TEA. Essa estimativa representa um valor médio, e a prevalência relatada varia substancialmente entre os estudos. Algumas pesquisas bem controladas têm, no entanto, relatado números que são significativamente mais elevados. A prevalência de TEA em muitos países de baixa e média renda é até agora desconhecida.
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