A segunda semana de julho recolocou o Rio Grande do Sul no topo do ranking nacional em termos de isolamento social no combate ao avanço do coronavírus. No período, entre os dias 5 e 11 de julho, chegou a 44,5% o índice de gaúchos que passaram a evitar aglomerações. O resultado é 1,5 ponto percentual acima do verificado na semana anterior e se aproximou um pouco mais do comportamento do início da pandemia com as medidas restritivas adotadas na metade de março.
O aumento do número de regiões em bandeira vermelha estabelecido pelo modelo do Distanciamento Controlado é um dos fatores que vêm contribuindo para um maior isolamento social. A média no Brasil ficou em 40,9%, em um comportamento estável ao registrado nos primeiros sete dias do mês.
O estudo desenvolvido pelo Comitê de Dados para o enfrentamento da Covid-19 mostrou, também, as consequências no número de contágio pelo vírus sempre que o índice de isolamento apresenta quedas.
Nos períodos em que o nível ficou acima de 50% ocorreu uma estabilidade de casos novos de Covid-19. Essa curva se inverte no RS a partir de junho, quando o isolamento ficou abaixo dos 45% e os registros da doença subiram rapidamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda isolamento mínimo de 50%.
A partir do monitoramento de aplicativos em celulares, com base em dados disponibilizados pela empresa InLoco, o trabalho apontou que as melhores médias estão justamente nas regiões sob bandeira vermelha (risco alto). É o caso das áreas de Pelotas (46,7%), Capão da Canoa (45,8%) e Porto Alegre (45,7%). Os maiores alertas estão relacionados com as regiões de Bagé (38,6%), Lajeado (39,5%), Santa Rosa (40,2%) e Uruguaiana (40,3%).
O estudo alerta, no entanto, para um comportamento diferente dos gaúchos entre os dias úteis e os fins de semana. No sábado e domingo (dias 11 e 12), o índice de isolamento registrou média de 51,4%, percentual que caiu para 41,4% entre segunda e sexta-feira. A equipe observou, ainda, que as condições climáticas seguem influenciando: dias de maior frio e presença de chuva significam menos circulação de pessoas.
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Texto: Pepo Kerschner/Ascom SPGG
Edição: Marcelo Flach/Secom