A Esplanada dos Ministérios está dividida em dois lados para receber os atos pró e contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. Os manifestantes estão concentrados desde às 9h da manhã deste domingo (21/6). Mais de 900 policiais militares realizam a segurança do local.
SAIBA MAISNo lado de apoio ao chefe do Poder Executivo, os ativistas se concentram do lado direito do Museu Nacional da República. Há um carro de som para mobilização do grupo, que veicula discursos críticos aos manifestantes contra o governo.
"A cruz significa um pedido de intervenção política, para que o presidente consiga manter a democracia e nos livre de tudo o que é nefasto", afirma um dos organizadores, de cima do carro de som.
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Atos contra e pró-Bolsonaro mobilizam 900 PMs em Brasília neste domingo https://bit.ly/2AM1Jpi
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Os apoiadores de Bolsonaro estão em maior número e ao lado direito da Esplanada
Em meio aos discursos, os apoiadores citam passagens bíblicas. "Estamos buscando a justiça. Não estamos buscando fechar o Supremo (Supremo Tribunal Federal). E queremos que a lei seja cumprida, os mais de 20 pedidos de impeachment dos ministros do STF estão arquivados. Davi Alcolumbre (presidente do Senado) tem que colocar isso na mesa e é isso que pedimos. Não é nada fora da lei. O que queremos é praticar a justiça na nossa nação. Deus há de salvar essa nação", alega outro organizador.
"O Senado tem que cumprir o poder que nós colocamos nas mãos deles (senadores). Esses pedidos de impeachment precisam ser julgados", finaliza.
Apesar das recomendações sanitárias contra a disseminação do novo coronavírus, os manifestantes, enquanto a reportagem acompanhou o grupo, não respeitaram o distanciamento social nem todos usavam máscaras de proteção, de uso obrigatório no Distrito Federal.
A analista de sistemas Keila Oliveira Silva, de 46 anos, veio sozinha para o ato. "Nós precisamos mostrar o nosso apoio ao presidente, que segue uma política que queremos, baseada na família e no patriotismo. O que o Supremo (STF) está fazendo é uma vergonha, liberando presos e rasgando a Constituição. Não estão fazendo ações que vão melhorar a nossa pátria. Por isso, estou aqui lutando. Não quero deixar a zona que o Brasil está para os meus filhos", afirma a moradora do Tororó.
Manifestação contra Bolsonaro
Com faixas pedindo o impeachment do presidente, em defesa dos profissionais da saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) e contra o racismo, manifestantes contrários ao atual governo percorrem o lado oposto da Esplanada dos Ministérios. Entoando gritos, como "Recua, fascista, recua. Pelo poder popular que está na rua", eles saíram do estacionamento em frente ao Teatro Nacional e seguiram em direção ao Congresso.
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Durante toda a manhã não houve registro de violência. Apenas quando as manifestações caminhavam para a dispersão houve um princípio de tumulto que foi controlado pela Polícia Militar do Distrito Federal, e pelos próprios organizadores do ato.
O grupo contra o governo do presidente pede a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e novas eleições. Para o professor de filosofia Diogenes Francisco de Sousa Gomes, 33 anos, a campanha bolsonarista foi baseada na "produção de fake news, que inclusive, precisa de apuração para que os envolvidos sejam punidos. Além disso, também sabemos que o governo apoia o fascismo e ataca minorias", pontua.
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