"Não podemos vender uma falsa impressão de tranquilidade e fingir que a crise não nos afeta”, diz o vice-prefeito
A pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, atingiu em cheio diversos setores da sociedade no mundo inteiro. E na área das finanças públicas o baque é preocupante. É o que aponta um estudo feito pela Prefeitura de Imbé, através do Departamento de Contabilidade da Secretaria Municipal da Fazenda. O relatório foi apresentado na tarde desta segunda-feira (08) ao prefeito Pierre Emerim e ao vice-prefeito Ique Vedovato.
Técnicos da pasta liderada pela secretária Maria das Graças Silveira de Matos avaliaram os números do primeiro quadrimestre do ano – quando os efeitos do coronavírus começaram a ser sentidos pelas administrações públicas – em fontes de arrecadação de receita e projetaram o cenário para os próximos meses. A conclusão é preocupante. “Nosso objetivo é não parar a máquina pública. Serviços básicos e essenciais, por exemplo, especialmente os de zeladoria, têm nossa atenção há quase oito anos. Não queremos paralisar nenhuma atividade essencial porque ela reflete diretamente na satisfação do contribuinte. Mas precisamos agir com inteligência para enfrentar esta crise”, avalia Pierre.
A queda drástica na arrecadação, causada principalmente pela diminuição no ingresso de recursos de fontes como impostos e outros tributos estaduais e federais nos cofres da Prefeitura, está diretamente ligada à adoção de medidas de emergência que serão adotadas. “Estamos analisando o cenário com bastante cautela, principalmente por haver uma participação decisiva a nível nacional neste suporte à autonomia financeira dos municípios. Temos prioridades definidas, como compromissos com o funcionalismo, fornecedores e serviços em diversas áreas, e vamos trabalhar com responsabilidade para honrá-los dentro das nossas condições”, afirma o prefeito.
O vice-prefeito complementou garantindo que o governo agirá com transparência para manter a comunidade a par da situação das contas públicas. "Não podemos vender uma falsa impressão de tranquilidade e fingir que a crise não nos afeta. Ela só não é mais grave porque tomamos há muito tempo decisões racionais de organização das contas públicas. É isso que nos permite pensar o futuro com um pouco mais de tranquilidade hoje”, diz Ique. “Nós já vivenciamos momentos semelhantes e até mais graves do ponto de vista econômico. Vamos usar da experiência que adquirimos para contornar outras crises para sobrepor essa também”, finaliza.