Na 3ª rodada do Distanciamento Controlado, três regiões passam de laranja para bandeira amarela
Regional
Publicado em 24/05/2020
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Novo mapa com as cores das bandeiras atualizadas neste sábado (23/5) é válido de 25 a 31 de maio
A terceira atualização do Distanciamento Controlado manteve a maior parte do território gaúcho com risco epidemiológico médio para o novo coronavírus: 12 de um total de 20 regiões foram classificadas com a bandeira laranja no levantamento realizado e divulgado neste sábado (23/5). Na rodada anterior, eram 15 nesta situação.
A principal mudança ocorre em três regiões que estavam com cor laranja e tiveram nível de restrição reduzido. Uruguaiana, Capão da Canoa e Santa Cruz do Sul recebem a bandeira amarela. Assim, o Estado passa a ter oito regiões com risco baixo.
O RS permanece sem bandeira vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo). Para consultar o mapa com a cor de cada cidade, acesse o site https://
As novas bandeiras e os respectivos protocolos que regram o funcionamento (ou não) de mais de cem atividades econômicas são válidas a partir de segunda-feira (25/5) até o domingo seguinte (31/5).
Clique aqui e acesse o terceiro levantamento.
A mudança anunciada durante a semana pelo governador Eduardo Leite no cálculo do Distanciamento Controlado, que seria adotada somente a partir da próxima rodada, já foi aplicada neste sábado. Com isso, apenas os casos de Covid-19 que geraram hospitalização foram usados para medir a propagação do vírus levando em consideração os seus locais de residência.
Até então, o governo vinha usando todos os casos confirmados por testes moleculares (RT-PCR) para medir dois dos 11 indicadores usados no cálculo de risco: velocidade do avanço, que mede o número de novos casos confirmados em relação aos casos anteriores, e incidência de novos casos na população, que mede os novos casos nos últimos sete dias para cada 100 mil habitantes.
No entanto, o dado vinha gerando distorções entre as regiões, aumentando o nível de risco e de restrição para aquelas que vinham realizando um número maior de testes. Por isso, segundo Leite, foi necessário antecipar a alteração, que foi levada ao grupo técnico de saúde do Comitê de Análise de Dados, tendo sido estudada e avalizada por especialistas.
“Por se tratar de um modelo inédito e inovador, nós viemos desde o início fazendo análises constantes e coletando sugestões para aprimorá-lo. Essa alteração surgiu desse monitoramento e diálogo com prefeitos e especialistas”, destacou o governador durante transmissão pela internet na quarta-feira (20/5).
“Com a mudança, melhoramos a comparabilidade entre as regiões, porque a definição de hospitalização por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) é mais estável do que os exames aplicados pelos municípios e a notificação é compulsória, ou seja, o exame tem de ser obrigatoriamente lançado no sistema, não oferecendo possibilidade de que uma redução ou aumento na testagem ou a subnotificação impactem no cálculo. Com isso, temos um resultado mais fiel ao que efetivamente está acontecendo no RS e podemos aplicar restrições na proporção necessária”, afirmou Leite.
Principais mudanças no mapa
Entre as três regiões que passaram de risco médio (laranja) para baixo (amarela), está a de Uruguaiana, que sofreu a redução no nível de restrição pela melhora de quatro indicadores, que passaram de laranja para amarela – redução do números de casos confirmados em UTI, redução de óbitos proporcionalmente à população e variação no número de leitos de UTI disponíveis para atender Covid-19 na região e no Estado.
A região de Capão da Canoa passou para bandeira amarela porque a soma do número de casos confirmados internados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos últimos 14 dias foi menor ou igual a cinco. Além de ter registrado redução de óbitos proporcionalmente à população e variação do número de leitos UTI disponíveis.
Em Santa Cruz do Sul, a região teve risco reduzido para bandeira amarela devido à melhora de quatro indicadores, que passaram do laranja para o amarelo: reduziu o número de internados por SRAG, melhorou a relação de casos ativos/recuperados, aumentou o número de leitos disponíveis para pessoas com mais de 60 anos, e melhorou o número de leitos de UTI na região e leitos de UTI no Estado.
Clique aqui e entenda como foi calculada a bandeira de cada região.
No território gaúcho como um todo, a terceira rodada do modelo de Distanciamento Controlado trouxe as seguintes alterações nas duas semanas:
• O número de internados em UTI por SRAG aumentou 7,56% no Estado entre as duas últimas sextas-feiras (225 para 242)
• O número de internados em leitos clínicos com Covid-19 no RS aumentou 18,50% entre as duas últimas sextas-feiras (173 para 205)
• O número de internados em leitos de UTI com Covid-19 no RS reduziu 3,10% entre as duas últimas sextas-feiras (129 para 125)
• O número de leitos de UTI adulto disponíveis para atender Covid-19 no RS aumentou 6,85% entre as duas últimas sextas-feiras (de 467 para 499)
• O número de óbitos por Covid-19 aumentou 13,3% entre as duas últimas semanas (de 30 para 34)
ENTENDA O DISTANCIAMENTO CONTROLADO
Com base em evidências científicas e análise de dados, o modelo de Distanciamento Controlado – que está oficialmente em vigor desde 10 de maio em todo o Rio Grande do Sul – tem o objetivo de equilibrar a prioridade de preservação da vida com uma retomada econômica responsável.
Para isso, o governo dividiu o Estado em 20 regiões e mapeou 105 atividades econômicas. A partir de um cálculo que leva em conta 11 indicadores, segmentados em dois grupos – propagação do vírus e capacidade de atendimento de saúde –, determinou a aplicação de regras (chamados de protocolos) mais ou menos restritas para cada segmento de acordo com o risco calculado para cada região.
Conforme o resultado do cruzamento de dados divulgados de forma transparente, cada local recebe uma bandeira nas cores amarela (risco baixo), laranja (risco médio), vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo).
O monitoramento dos indicadores de risco é semanal, e a divulgação das bandeiras ocorre aos sábados, com validade a partir da semana seguinte.
CRONOLOGIA DO DISTANCIAMENTO CONTROLADO
Semana de 11 a 17 de maio
O primeiro mapa oficial do Distanciamento Controlado foi divulgado em 9 de maio. As regras daquele mapa foram válidas para vigorar entre 11 e 17 de maio. Naquela semana, somente a região de Lajeado se encaixava na descrição de bandeira vermelha. A região de Passo Fundo recebeu um reforço de 10 leitos, aumentando a capacidade de resposta hospitalar, ao mesmo tempo em que a velocidade de avanço da doença se estabilizou.
Na bandeira laranja, encaixavam-se as regiões de Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Santo Ângelo.
As regiões de Bagé, Cachoeira do Sul, Ijuí, Santa Rosa, Taquara e Uruguaiana se encontravam em situação menos grave e se encaixam na bandeira amarela.
Semana de 18 a 24 de maio
O segundo mapa oficial do Distanciamento Controlado foi divulgado em 16 de maio. As regras deste mapa ficam valendo de 18 a 24 de maio. Não há regiões classificadas com bandeira vermelha, e o mapa apresentou predominância de regiões em bandeira laranja.
A região de Lajeado, que estava na bandeira vermelha, passou para a laranja. A região de Uruguaiana, que se encontrava na amarela, passou para laranja, devido ao acréscimo de cinco casos confirmados nas últimas duas semanas.
Estão na bandeira laranja as regiões de Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Lajeado, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria, Santo Ângelo, Santa Cruz do Sul e Uruguaiana.
As regiões de Bagé, Cachoeira do Sul, Ijuí, Santa Rosa e Taquara se encontram em situação menos grave e se encaixam na bandeira amarela.
Semana de 25 a 31 de maio
O terceiro mapa do Distanciamento Controlado foi divulgado em 23 de maio. As regras deste mapa serão válidas de 25 até 31 de maio. Nesta semana, não haverá regiões classificadas como bandeira vermelha ou preta, e o mapa apresenta predominância de regiões em bandeira laranja.
São 12 regiões com risco médio (laranja): Santa Maria, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul e Lajeado.
As regiões de Uruguaiana, Capão da Canoa e Santa Cruz do Sul, que tinham bandeira laranja na versão anterior, passaram para amarela, portanto, o Estado passar a ter oito regiões com risco baixo.
Assim, estão na bandeira amarela Uruguaiana, Capão da Canoa, Taquara, Ijuí, Santa Rosa, Bagé, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul.
Texto: Vanessa Kannenberg
Edição: Marcelo Flach/Secom