A luz solar é uma das maiores ameaças aos olhos, principalmente se a exposição ao sol for feita com óculos sem filtros UV. Isto pode trazer riscos a longo prazo, pois exercem efeitos danosos sobre o cristalino e células da retina predispondo ao aparecimento de doenças como catarata e degeneração macular, além de pterígeo e tumores.

A vice-presidente da Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul (SORIGS), Márcia Ruaro, esclarece como se dá esse processo. “Quando se usa uma lente solar, que é escura, a pupila dilata e entra uma maior quantidade de raios solares dentro do olho, que atingem a retina. Se a lente que estiver sendo usada não for de boa qualidade e não possuir os filtros adequados, principalmente de radiação ultravioleta e de luz azul – ou luz violeta -  haverá um dano maior. Neste caso, usar uma lente de má qualidade é pior do que estar exposto ao sol sem estar usando óculos”, explica a especialista. 

Por isso é importante proteger os olhos do sol através de óculos que possuam esses filtros UVA e UVB e luz azul, pois eles reduzem o risco de desenvolvimento de doenças oculares e tumores. Tão importante quanto esse cuidado é a ida periódica a um Oftalmologista, para que sejam feitos exames os quais detectam problemas de visão e doenças que não dão sintomas. Os exames devem ser feitos até mesmo sem sintomas com o objetivo de prevenir que situações simples se tornem mais graves e possam progredir de modo a levar a cegueira.

No Rio Grande do Sul há muitos profissionais que não são médicos oftalmologistas e realizam atendimentos para os quais não estão habilitados. Por isso, quando o paciente for buscar atendimento nesta área é importante se certificar que o atendimento seja feito por um médico.

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), em 2019, o Rio Grande do Sul foi o estado com o maior número de representações de profissionais que exercem ilegalmente a Oftalmologia. Foram 44 denunciados que tem os seus casos tramitando judicialmente.

Jornalista Responsável - Salete Teixeira