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Oficina de Restauro recupera peças históricas no Palácio Piratini
Publicado em 03/10/2019 22:47
Regional

Objetivo é recuperar calçamento de pedras portuguesas, esquadrias, luminárias, maçanetas, entre outras peças - Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini (foto anexa: Piratini_pátio_interno_1

O Palácio Piratini, palco de feitos políticos, de acontecimentos culturais, eventos sociais, reivindicações e ponto de convergência dos anseios, dos costumes e das expectativas da sociedade rio-grandense completará cem anos em 2021.

Ao longo deste quase um século de história, abriu suas portas e recebeu em seus salões personalidades representativas do país e comitivas de ilustres autoridades estrangeiras. Além de manter os serviços funcionais de assessoramento ao governador, acolhe, para visitação, estudantes, turistas e público em geral interessados em conhecer os diferentes ambientes.

O Palácio e seus bens constituem o conjunto mais singular do patrimônio histórico e artístico nacional no Rio Grande do Sul. O uso continuado e assíduo de suas dependências, com o passar do tempo e pela intensa exposição, gerou desgastes naturais, sendo sua conservação de inegável interesse público e dever da sociedade.

O alto valor histórico, artístico e arquitetônico do prédio e seu caráter de sede do governo exigem ações permanentes para a conservação. Com o objetivo de recuperar elementos do Piratini e preservar esse valioso patrimônio rio-grandense, começa agora a implementação do projeto cultural para a instalação da Oficina de Restauro do Palácio.

O projeto cultural foi proposto pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS) em atenção ao protocolo de intenções firmado com o governo do Estado e realizado, nos termos da Lei de Incentivo à Cultura, com o patrocínio do Banrisul.

Não há custos para os cofres do Estado, pois se trata de ação executada mediante incentivos fiscais, concedidos pelo governo federal através do Ministério da Cidadania/Secretaria Especial da Cultura.

Segundo a arquiteta Maria Clara Bassin, a equipe de Assessoria de Arquitetura do Palácio Piratini está se capacitando tecnicamente para fazer serviços de restauro e desenvolver ações de conservação mais qualificadas no prédio.

A Oficina de Restauro visa à recuperação de peças como balaustradas, pavimentação de pedras portuguesas, maçanetas, esquadrias, luminárias, entre outras. A previsão é que esteja em funcionamento em oito meses.

Paralelamente à implantação da Oficina de Restauro e já como prática de ações de conservação serão oferecidas oficinas de educação patrimonial, orientadas para servidores do Palácio Piratini, demais órgãos públicos e para a comunidade.

Texto e edição: Secom

O Palácio Piratini completará cem anos em 2021. Ao longo de um século como sede do governo do Estado, tem sido não apenas local de feitos políticos, mas de acontecimentos culturais, eventos sociais e também de reivindicações.

Prédio centenário, foi guarnecido com móveis oriundos das mais importantes movelarias do Estado, do país e até do exterior. As peças constituem uma valiosa e rara coleção de expressivo valor histórico, artístico e cultural.

Para exemplificar, o mobiliário do Salão Negrinho do Pastoreio – um dos ambientes do prédio – é de autoria de Arturo Jamardo. Diversos birôs, cadeiras e estantes distribuídos pelos gabinetes são oriundos da célebre marcenaria da antiga Casa de Correção, da ponta do Gasômetro, na capital.

A diversidade e a especificidade das peças é porque o Palácio tem o duplo propósito de ser a sede dos despachos do governador e sua residência. Esses bens são objeto de uso intenso e constante e, aliado ao passar do tempo e à exposição ao ambiente, muitas peças apresentam os desgastes naturais e evidenciam fragilidades e corrosões.

Para recuperar as peças do mobiliário em processo de deterioração e preservar esse valioso patrimônio rio-grandense, começa a implementação do projeto cultural de reparação do mobiliário histórico.

A arquiteta Maria Clara Bassin, da Assessoria de Arquitetura do Palácio Piratini, observa que, em função do tombamento do acervo, o projeto foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em consonância com a legislação. “Com boas técnicas e bons profissionais, vamos executar uma ação altamente qualificada de conservação”, afirmou.

O restauro do mobiliário histórico será executado pela restauradora Adriane Machado, tendo a supervisão e acompanhamento das equipes de Assessoria de Arquitetura do Palácio e do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS), bem como de técnicos do Iphan e Iphae.

Imprensa do Governo RS

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