Na noite de domingo (5/10), foi emitido, pela primeira vez no Rio Grande do Sul, alerta utilizando a ferramenta Cell Broadcast. A tecnologia utiliza a rede de telefonia celular para enviar alertas gratuitos, com mensagem de texto e aviso sonoro, suspendendo qualquer conteúdo em uso na tela do aparelho, incluindo os que estão no modo silencioso.
O Cell Broadcast é utilizado somente em casos de alertas severo e extremo. No caso deste domingo, o que motivou o envio do alerta para a região de Encruzilhada do Sul foi uma tempestade do tipo supercélula.
Conforme o Centro de Monitoramento da Defesa Civil, supercélulas são um dos tipos mais perigosos de tempestades severas. Elas se formam quando o ar quente e úmido sobe e encontra ventos mais intensos alguns quilômetros acima do solo. Esse processo culmina em ventos giratórios dentro da tempestade, conhecido como mesociclone.
Diferente de uma tempestade comum, uma supercélula é organizada e duradoura, podendo permanecer ativa por várias horas e percorrer longas distâncias. Justamente por isso, pode causar vários impactos.
Os principais fenômenos ocasionados por supercélulas são:
- chuva intensa em curto período de tempo;
- descargas elétricas;
- granizo grande;
- ventos intensos que podem ultrapassar os 100 km/h;
- tornados, microexplosões e frentes de rajada.
Cell Broadcast
Os alertas enviados pela ferramenta são disparados para a população em área de risco e com cobertura de rede 4G ou 5G, sem necessidade de cadastro prévio do usuário. Com o uso da ferramenta, o celular é bloqueado e a mensagem de alerta se sobrepõe ao conteúdo que esteja sendo utilizado, acompanhado de um bipe sonoro e vibratório. A mensagem também dá orientações aos usuários.
A tecnologia foi desenvolvida por meio de uma parceria entre o Ministério das Comunicações, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e operadoras de telefonia. A ferramenta é integrada às outras formas de alerta utilizadas pela Defesa Civil – como o envio de SMS por meio do número do 40199 e as publicações nas redes sociais.
Texto: Ascom Defesa Civil
Edição: Secom