Copa América: Seleção Brasileira vence a Colômbia e é campeã - (crédito: AFP)
A Seleção é brasileira e não desiste nunca. Três vezes atrás no placar depois de uma atuação catastrófica do sistema defensivo, a equipe comandada por Arthur Elias contou com o pé esquerdo da rainha Marta e das luvas da goleira Lorena para garantir empate em 4 x 4, após prorrogação, vencer a disputa por pênaltis, por 5 x 4, e garantir a nona estrela na Copa América.
A camisa 10 brilhou. Foi ela a autora de dois gols: o terceiro e o quarto marcados pelo Brasil. Lorena, na última cobrança da disputa por pênaltis, já durante as batidas alternadas, fez a defesa derradeira. As atuações permitiram a Seleção vencer o cansaço e adquirir resistência nos 30 minutos extras e 14 penalidades no Estádio Casa Blanca, na altitude de 2.850m de Quito, no Equador.
Ponto forte na campanha até a final, a defesa do Brasil havia sofrido dois gols na Copa América inteira. Irreconhecível e desastrosa na final, tomou três da Colômbia em uma coleção de erros inaceitáveis. No primeiro gol da Colômbia, Linda Caicedo surgiu livre de marcação na frente da goleira Lorena depois de receber assistência de Mayra Ramírez e abriu o placar.
Corajoso ao admitir a péssima exibição, Arthur Elias fez duas alterações antes do fim da etapa inicial. Sacou Isa Haas para a entrada de Fernanda Palermo. Tirou Dudinha e colocou Amanda Gutierres. O Brasil empatou em uma cobrança de pênalti revisada pelo VAR. A zagueira Carabalí merecia cartão vermelho, mas a insegura árbitra chilena Dione Rissios só deu amarelo. Angelina converteu e deu tempo ao técnico Arthur Elias para tentar consertar mais erros no vestiário.
Quando o Brasil apresentava melhoras em relação ao primeiro tempo, uma lambança imperdoável deixou o título em xeque. Zagueira de confiança do técnico Arthur Elias desde os tempos de Corinthians, Tarciane recuou a bola para a goleira Lorena em total falta de sintonia. A bola rolou mansamente até o cantinho direito do gol do Brasil e a Colômbia voltou à frente no placar: 2 x 1.
Talismã de Arthur Elias, Amanda Gutierres recolocou o Brasil no jogo com um golaço depois de um belo cruzamento longo de Gio Garbelini. Teimosas, as colombianas aproveitaram novamente a desordem no sistema defensivo canarinho para sentir o título inédito de perto em um contra-ataque letal puxado por Linda Caicedo até a conclusão impecável de Mayra Ramírez. Uma dupla explosiva.
Sob pressão pela terceira vez, Arthur Elias mandou a campo uma alagoana iluminada. Aos 39 anos, Marta incorporou Adriano no último lance da final. Em 2004, o Imperador acertou a rede na final da Copa América contra o Peru e forçou os pênaltis. A camisa 10 também. Em uma obra-prima de fora da área, ela acertou a meta da goleira Tapia.
Só deu tempo de ela comemorar, a árbitra apitar o fim do tempo regulamentar e dar início a mais 30 minutos da altitude de 2.850m de Quito. Faltava oxigênio a quase todo mundo. Eleita seis vezes melhor do mundo, Marta conhece os atalhos para a glória. A bola foi passando de pé em pé com Amanda Gutierres, Yasmin e Angelina serviu a Rainha.
A iluminada nascida em Dois Riachos apareceu dentro da pequena área em uma das multifacetas dela: centroavante tocou para a rede e parecia ter decretado a nona sinfonia verde-amarela na Copa América. No entanto, se deparou com o talento de Leicye Santos. Já nos acréscimos, acertou cobrança de falta e empatou a partida mais uma vez.
Restaram aos pênaltis a decisão da finalíssima. Com a chegada ao final das cinco batidas garantidas para cada um dos lados, o placar mostrava igualdade de 3 x 3. A própria rainha, inclusive, desperdiçou a batida que tinha direito. Já nas alternadas, foram as luvas da goleira Lorena as responsáveis por entoar o grito de campeãs.
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