Sob a liderança do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome da ONU. A informação é do Relatório sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, divulgado nesta segunda-feira (28) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O resultado reflete a média trienal 2022/2023/2024, que colocou o país abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente. A conquista foi alcançada em apenas dois anos, tendo em vista que 2022 foi um período considerado crítico para a fome no Brasil.
A saída do país do Mapa da Fome é resultado de decisões políticas do governo brasileiro que priorizaram a redução da pobreza, o estímulo à geração de emprego e renda, o fortalecimento da alimentação escolar, o acesso à alimentação saudável e o apoio à agricultura familiar, por meio de iniciativas como a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a criação do Programa Cozinha Solidária, ambos operacionalizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Conforme o presidente da estatal, Edegar Pretto, de 2023 a 2024, foi investido R$ 1,04 bilhão na compra de 132 milhões de quilos de alimentos da agricultura familiar. “Essa comida chegou a quem mais precisa, diretamente na mesa das famílias em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar. A Conab também teve papel importante nas ações emergenciais. Só o povo Yanomami, que enfrentava grave desnutrição, já recebeu 160 mil cestas de alimentos, de um total de mais de 800 mil que a Conab já operacionalizou. Atuamos no apoio a populações afetadas pela seca em estados como Amazonas, Pernambuco e Alagoas, e pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O trabalho da Conab foi essencial para essa grande conquista, que é ter o Brasil fora do Mapa da Fome outra vez”, destacou Pretto.
Em dois anos, o Brasil teve reduções históricas da insegurança alimentar grave e da pobreza. Os números nacionais da fome, conforme pesquisas do IBGE, mostraram que, até o final de 2023, o país retirou cerca de 24 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave. Além disso, em 2023, o país reduziu a pobreza extrema a 4,4%, um mínimo histórico, refletindo a retirada de quase 10 milhões de pessoas dessa condição em relação a 2021. Em 2024, a taxa de desemprego chegou a 6,6%, a menor desde 2012, o rendimento mensal domiciliar per capita bateu recorde, chegando a R$ 2.020, e o índice de Gini, que mede a desigualdade, recuou para 0,506 — menor resultado da série histórica.
Sair novamente do Mapa da Fome da ONU, no tempo recorde de dois anos, com a população tendo mais acesso a alimentos saudáveis, reflete o efeito das políticas sociais do Governo Federal, que tem transformado a realidade de milhões de brasileiros com acesso à renda, ao emprego e à dignidade.
“Essa vitória é fruto de políticas públicas eficazes, como o Plano Brasil Sem Fome que engloba o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos, o Programa Cozinha Solidária, a valorização do salário mínimo, crédito para a produção de alimentos pela agricultura familiar, incentivo à qualificação profissional, ao emprego e ao empreendedorismo, além do incremento da alimentação escolar. Todas as políticas sociais trabalhando juntas para ter um Brasil sem fome e soberano", afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias.
Esta é a segunda vez que o governo do presidente Lula retira o país da condição de fome: a primeira foi em 2014, após 11 anos de políticas consistentes. No entanto, a partir de 2018, o desmonte de programas sociais fez o Brasil retroceder e retornar ao Mapa da Fome no triênio 2018/2019/2020.
Com informações do MDS Foto: Catiana de Medeiros/Conab Legenda: Entrega de alimentos do PAA a cozinha solidária do Rio de Janeiro.