Decisão atendeu pedido da Polícia Civil de converter prisão temporária em preventiva - (crédito: Uilian Pacheco / UP TV / Divulgação / CP)
O homem que confessou ter arremessado o próprio filho, de cinco anos, de uma ponte na cidade de São Gabriel, no Rio Grande do Sul, teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça do estado na sexta-feira (25/4). Tiago Ricardo Felber confirmou para as autoridades que agiu para se vingar da ex-mulher, Abigail Luisa Ferreiro, por não aceitar a separação.
Na decisão da juíza Liz Grachten, ela afirma que “o perigo gerado pelo estado de liberdade do indiciado decorre da elevada gravidade concreta do fato” e diz que o modo, as circunstâncias e o motivo do crime cometido são “extremamente graves, desbordando a gravidade em abstrato do delito”.
O homem que confessou ter arremessado o próprio filho, de cinco anos, de uma ponte na cidade de São Gabriel, no Rio Grande do Sul, teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça do estado na sexta-feira (25/4). Tiago Ricardo Felber confirmou para as autoridades que agiu para se vingar da ex-mulher, Abigail Luisa Ferreiro, por não aceitar a separação.
Felber estava preso temporariamente desde 25 de março, dia do cometimento do crime. Quase um mês depois, em dia 23 de abril, a Polícia Civil finalizou o inquérito que apurava a morte da criança, identificada como Théo Ricardo Ferreira Felber, de 5 anos, e indiciou o pai por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado.
O caso
O pai, Tiago Felber, confirmou à investigação que não aceitava o fim do seu relacionamento com Abigail. Por isso, decidiu matar o filho que tinham juntos.
Também de acordo com a perícia, um dia antes de atirar a criança de uma ponte de 15 metros — na expectativa de que ele morresse afogado no rio —, Tiago havia tentado asfixiá-lo.
O volume de água estava baixo no dia do crime e, ao cair, Théo atingiu as pedras e faleceu por conta de um traumatismo crânio-encefálico.
Câmeras de segurança registraram Felber andando de bicicleta, com o filho em uma cesta na frente, algumas horas antes do assassinato. Após o cometimento do crime, o homem enviou um áudio a um de seus familiares afirmando ter feito “uma loucurinha”.
Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
Por Iago Mac Cord*
Correio Baraziliense