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Operação Sísifo combate lavagem de capitais e crimes de extorsão
Publicado em 10/04/2025 10:42
Polícia

250 policiais participaram da ação.

Nesta quinta-feira (09/04), a Polícia Civil, através da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos do DEIC (1ªDR/DEIC), deflagrou Operação Sísifo no combate a crimes de agiotagem, extorsão, tortura e lavagem de capitais.

Os mandados de busca serão cumpridos em 8 cidades do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Alvorada, Gravataí, Tramandaí, Viamão, Cachoeirinha, Canoas e Guaíba. Ao todo, 250 policiais cumprem as ordens judiciais, sendo utilizadas 65 viaturas. 

Na ação, são cumpridos 18 mandados de prisão preventiva, 54 mandados de busca e apreensão domiciliar, 96 sequestros de bens móveis, sequestro de embarcação, 22 cautelares de sequestro de bens imóveis e indisponibilidade e 41 bloqueios de ativos em contas bancárias.

Resultados

Foram presos 15 investigados. Ao todo, foram apreendidos diversos veículos, quatro embarcações, mais de R$170.000,00 em espécie, eletrônicos e 10 imóveis. 

A investigação

As diligências iniciaram, após crime de furto qualificado praticado contra uma agência bancária em janeiro de 2013, quando foram subtraídos mais de quinhentos mil reais. Durante as investigações, foram encontrados indícios sobre organização criminosa, a qual praticava crimes de extorsão, tortura e lavagem de capitais.

Modus operandi do grupo criminoso

Mais de 40 pessoas, físicas e jurídicas, foram identificadas como integrantes da organização criminosa, os quais “caçavam” os clientes devedores. Para tal prática, os suspeitos utilizavam anúncios em aplicativos de mensagem, ofertando inclusive valores, para quem fornecesse informações sobre o paradeiro de determinadas pessoas.

Após localizarem as vítimas, começavam as agressões psicológicas e físicas violentas, configurando o crime de tortura. As agressões eram filmadas para coagir outros devedores, caso estivessem inadimplentes com o grupo criminoso.

A lavagem de capitais

Segundo as investigações, o grupo criminoso movimentou, por meio de diversas contas bancárias, para mais de 40 milhões de reais nos últimos anos. Os valores ilícitos, retornaram a economia formal, por outras contas bancárias, além da aquisição de bens em nomes de terceiros, ocultação de patrimônio por meio de atos públicos, etc.

O grupo criminoso utilizava uma empresa produtora de eventos para a lavagem de capitais.

Segundo o Delegado JOÃO PAULO DE ABREU, titular da 1 DR DEIC, os investigados usavam o crime de agiotagem para alavancar os ganhos de suas atividades criminosas, retroalimentando a economia do crime com recursos ilícitos. "Nossa operação foi complexa e muito importante para desbaratar a organização criminosa", afirmou o Delegado.

Polícia Civil RS

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