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"Eu quero mais é que o Lula morra", diz deputado do PL em sessão na Câmara
Relator do projeto de lei que visa desarmar a segurança do presidente, o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) disse que Lula venceu um câncer porque "nem o diabo o quer" e o desejou "um ataque cardíaco"
Por Tendência
Publicado em 08/04/2025 20:10
Brasília

"Tomara que tenha um ataque cardíaco", diz deputado Gilvan da Federal sobre Lula - (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Por Wal Lima — O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) causou revolta na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (8/4), ao dizer que "gostaria de ver Lula morto". A fala ocorreu durante o debate do projeto de lei Projeto de Lei 4.012/2023, que tem a intenção de desarmar os agentes de segurança do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos ministros de Estado.

Gilvan, que é o relator da proposta, entrou em embate com o deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que alegou que o projeto era inconstitucional e cobrou argumentos técnicos. Em resposta, Gilvan alegou que a proposta foi apresentada após o presidente afirmar que quem usa arma de fogo é covarde, e em seguida desejou a morte do presidente da República.

“Você pediu argumentos técnicos. O 'descondenado' do Lula já disse que quem usa arma é um covarde. Ele já disse isso, que quem compra arma é covarde. Então, as seguranças dele são covardes, porque estão armados. E eu sigo a linha do deputado Paulo Bilynskyj. A vida de um pedreiro, de um gari, de um comerciante, de um advogado, não é menos importante do que desse 'descondenado'. Se ele quer desarmar o cidadão de bem, se o ministro da Injustiça, que é Lewandowski, quer desarmar o cidadão de bem, que eles andem desarmados sem segurança. A vida deles não é mais importante do que um trabalhador", iniciou o deputado. 

Discussão, na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, do projeto de que tem a intenção de desarmar os agentes de segurança do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos ministros de Estado

(foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O deputado do PL seguiu com o discurso e passou a ofender opositores. "E dizer mais. Você falou aí que a morte do Lula, do Alexandre de Moraes, essa loucura, que ninguém tem provas. Mas eu vou te falar, por mim, eu quero mais que o Lula morra. Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. É um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar o cara, mas eu quero que ele morra. Que vá para o quinto dos infernos. Porque nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que tenha um ataque cardíaco. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando o nosso país. E eu quero mais é que ele morra mesmo. E que andem desarmados. Não quer desarmar o cidadão de bem, que ele ande com o seu segurança desarmado. Parabéns, Paulo Belisco. O meu relatório é pela aprovação", disse o Gilvan da Federal.

Após a fala do parlamentar a proposta foi aprovada com 15 votos favoráveis contra oito contrários.

Por Correio Braziliense

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