Ex-presidente e dirigente do PL estão proibidos de manter contato por determinação da Justiça. Declaração do governador de Santa Catarina ocorreu durante programa de entrevistas
7º lugar: Alexandre de Moraes - Ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral. - (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta sexta-feira (18/1), que o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, preste depoimento à Polícia Federal em até 15 dias, após ele dizer que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa, “conversam muito”. A decisão ocorre porque o ex-chefe do Executivo e o dirigente do PL não podem manter contato por causa de uma ordem judicial.
A declaração do governador de Santa Catarina ocorreu, na semana passada, durante participação em um programa da Jovem Pan News. Na ocasião, o político também afirmou que Bolsonaro e Valdemar permanecem a mais de 200 metros de distância quando estão em Brasília.
“O nosso presidente Valdemar conversa muito com o Bolsonaro, que é o presidente de honra. Espero que daqui a pouquinho eles possam conversar na mesma sala para se ajudar ainda mais”, disse Jorginho Mello.
Na decisão desta sexta-feira, Moraes ordenou que a Polícia Federal apure os fatos e tome o depoimento do governador para esclarecer as declarações. Ele também remeteu o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) para conhecimento e eventuais providências.
"A entrevista do governador de Santa Catarina indica uma possível violação às medidas cautelares impostas por esta Suprema Corte, em especial à proibição de manter contato com os demais investigados, aplicada a Jair Messias Bolsonaro e Valdemar Costa Neto", escreveu o magistrado.
Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto estão proibidos de manter contato desde 8 de fevereiro de 2024. O ex-presidente também não pode conversar com outros investigados por uma trama golpista — cujo objetivo era reverter o resultado das eleições de 2022 — como os ex-ministros Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Anderson Torres.
O Correio tenta contato com a defesa de Jorginho Mello. A matéria será atualizada assim que houver manifestação do governador de Santa Catarina.
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