Frequentemente associado a doenças leves, como a gripe, o HMPV pode evoluir para quadros mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave
O metapneumovírus humano (HMPV) não é uma descoberta recente e faz parte de uma família de vírus responsáveis por infecções respiratórias já bem conhecidos no meio científico - (crédito: Gerd Altmann - Pixabay)
Uma criança de 1 ano e 2 meses morreu, em dezembro do ano passado, devido a doença causada pelo metapneumovírus humano (HMPV, sigla em inglês) no Paraná, onde morava com a família. De acordo com nota da Secretaria de Saúde do estado (Sesa) ao Correio, o bebê, uma menina, foi diagnosticado com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no início do mês e morreu no dia 13.
Moradora do município de Renascença, no sudoeste paranaense, a criança apresentou resultado detectável para HMPV — um “vírus respiratório comum”, segundo a Sesa, “que pode causar infecções das vias respiratórias superiores e inferiores”. O diagnóstico foi revelado primeiramente em exame realizado por laboratório particular, e confirmado, posteriormente, pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-PR).
Frequentemente associado a doenças leves, como a gripe, o metapneumovírus humano pode evoluir para quadros mais graves, como pneumonia — especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidade — ou o SRAG que vitimou o bebê em dezembro. Matéria publicada no site da Fiocruz explica que os sintomas do vírus são, em geral, leves: tosse, febre e congestão nasal.
O HMPV foi identificado em 2001, na Holanda, e, em 2004, chegou pela primeira vez ao Brasil. De acordo com a Secretaria de Saúde, o vírus registrou, no ano passado, mais de 800 casos apenas no Paraná.
Surto de casos na China
De acordo com o que a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), a virologista Marilda Siqueira, contou à Fiocruz, “as infecções respiratórias tendem a aumentar durante o inverno”.
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