Fernanda Chaves é a primeira testemunha ouvida pelo júri popular no julgamento dos réus confessos pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes
Assessora de Marielle Franco foi a única sobrevivente do atentado à tiros contra a vereadora do Rio de Janeiro - (crédito: Reprodução)
Fernanda Chaves, assessora de Marielle Franco, testemunhou no julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, nesta quarta-feira (30/10) e afirmou que Marielle, apesar de estar fortemente envolvida com pautas de direitos humanos, não se sentia ameaçada.
“Ela tinha uma preocupação geral sobre isso, porque ela era uma mulher negra que falava sobre questão racial, fazia críticas sobre a condição de operações policiais em favelas, por exemplo. Então, claro, ela tinha esse cuidado e um olhar de preocupação de uma pessoa que entende o que está fazendo. Mas ela não se sentia ameaçada”, afirmou a assessora.
Fernanda descreve Marielle como especialista no tema. A vereadora coordenou a Comissão de Direitos Humanos por 10 anos, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), enquanto era assessora de Marcelo Freixo. Para a assessora, Marielle “entendia do tema, ela era bem relacionada”.
Além disso, a assessora da vereadora afirmou que Marielle nunca iniciou uma conversa a qual se referia a alguma organização criminosa que pudesse estar planejando atentar contra a vida dela. “Ela nunca teve uma conversa comigo nesse sentido. Houve uma vez em que ela ficou preocupada com uma das nossas assessoras, que tinha sido atacada num ônibus. Ela (Marielle) ficou atenta em relação a isso. Mas ela não se sentia perseguida ali, naquele momento”, completou.
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