A Prefeitura de Imbé, através da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (SMLU), está realizando a limpeza da área destinada aos indígenas dentro do município. A área, às margens da RS-786, próximo à avenida Albatroz, abrigou durante as últimas semanas duas tribos de indígenas caingangues, oriundos das cidades de Iraí e Nonoai.
O prefeito Ique Vedovato ressalta que ao chegar na cidade, eles procuram a prefeitura para requererem seus direitos como indígenas. Ciente das suas obrigações, o município disponibiliza uma área com toda a infraestrutura para que tenham uma estada digna. Banheiros químicos, pontos de água e luz são ofertados gratuitamente para o bem-estar das tribos.
“É uma das entradas do município, é triste ver esse local feio, sujo, passando uma má impressão a quem chega na nossa cidade. Todas as leis indígenas são obedecidas, quando eles chegam e nos visitam, exigindo seus diretos, e na hora de ir embora, sequer se despedem, deixando para a cidade somente o lixo e a sujeira produzida. Quando eles vão embora, os resquícios ficam para trás. Muito lixo é deixado pelos indígenas. Esse custo também é absorvido pela prefeitura, que deixa de trabalhar em outras áreas da cidade para resolver esse problema”, salienta Ique.
São colchões, sapatos, sofás, roupas, fraldas usadas e até mesmo fezes deixados pelo caminho.
A área, que é de grande visibilidade dentro de Imbé, é simplesmente abandonada quando as tribos resolvem ir embora. Próximo do acampamento, tem uma área licenciada para descarte de lixo, que poderia ser utilizada para levar esse entulho produzido, mas é ignorada pelas tribos. Banheiros químicos também são ignorados e há grande quantidade de fezes espalhadas pelo acampamento e arredores, principalmente na praça que existe no outro lado da RS-786, dentro da quadra de esportes e até mesmo em cima dos bancos do local.
O secretário municipal de limpeza Urbana, Jorginho Souza, enfatiza que o município disponibiliza sacos de lixo e se coloca à disposição dos indígenas para auxiliar na organização e limpeza do acampamento quando encerra a temporada deles na cidade. Porém, essa ajuda é negada, pelo fato deles resolverem ir embora sem comunicar a prefeitura, deixando todo o lixo produzido para que o município limpe e arque com esse custo.
“Se eles nos procurassem, teríamos caçambas para ajudar eles a recolherem todo o lixo, mas simplesmente vão embora e deixam esse caos, essa cena feia para que a gente resolva. Seria bom que da parte deles houvesse cooperação, eles sabem todos os seus direitos, são esclarecidos” frisa Jorginho.