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PF encontra documentos de operação da Abin com Ramagem, diz colunista
Justiça
Publicado em 06/02/2024

Quando Ramagem saiu do comando do órgão, em março de 2022, ele não poderia ter mantido consigo nenhum equipamento ou documento da Abin - (crédito: Divulgação/Câmara dos Deputados)

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A Polícia Federal encontrou documentos sobre uma operação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em comunidades do Rio de Janeiro na casa do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O parlamentar foi diretor da Abin no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e é alvo de investigação da PF sobre o uso indevido da agência para espionar adversários políticos e autoridades públicas. As informações são da colunista Natália Portinari, do portal Uol.

Ramagem foi alvo de mandados de busca e apreensão. No dia 25 de janeiro também foram encontrados na casa do parlamentar um celular e notebook pertencentes à Abin. Quando Ramagem saiu do comando do órgão, em março de 2022, ele não poderia ter mantido consigo nenhum equipamento ou documento da Abin, sob pena de ter que responder por infração administrativa e crime de violação de sigilo profissional, caso seja comprovado o vazamento de informações para terceiros.

Sistema espião

Ramagem admitiu que o sistema de inteligência First Mile pode ter sido usado de maneira ilegal dentro do órgão, mas negou participação. "Nunca teve ordem minha ou pedido para utilização indevida desse sistema, formal ou informalmente. Está sendo feita a verificação se foi usado corretamente. Se uma instituição compra armamento e se lá na ponta alguém fez mau uso, a culpa não é do diretor", sustentou Ramagem, em entrevista à CNN.

Sobre os celulares e notebooks que pertenciam à Abin e foram apreendidos pela PF, Ramagem argumentou que se tratavam de equipamentos velhos, antigos e que não os usava havia mais de três anos. "Nem sabia que eram da Abin", frisou.

O Correio tenta contato com o deputado Alexandre Ramagem para pedir um posicionamento sobre o documento encontrado pela Polícia Federal, mas até a publicação desta matéria o jornal não obteve retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações

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