O parlamentar entrou na mira da PF após a descoberta de mensagens trocadas entre o parlamentar e um grupo de patriotas - (crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) entrou na mira da Polícia Federal após a descoberta de mensagens trocadas entre o parlamentar e um grupo de patriotas, incitando os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele foi alvo de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira (18/1), por agentes da PF.
As mensagens constam em um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que estavam acampados em frente a 2ª Companhia de Infantaria, na base militar de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.
O teor dessas mensagens são tratadas como sigilosas pelos investigadores, mas a reportagem ouviu de policiais que o parlamentar incitava os patriotas a se deslocarem a Brasília, para o movimento do 8/1. Há indícios, também, de que Jordy tenha organizado bloqueios em rodovias.
As investigações, por parte da PF, ocorrem desde o segundo semestre do ano passado. Todo o material investigativo, até então coletado, constam no inquérito sigiloso no Supremo Tribunal Federal (STF). As buscas e apreensões ocorridas em Brasília e no RJ foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Nesta 24ª fase da operação Lesa Pátria, o objetivo é identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram as mobilizações golpistas que culminaram no 8/1. No DF, são cumpridos dois mandados, expedidos pelo STF, de busca e apreensão. Outros oitos mandados do mesmo tipo estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro.
Fuzil na cara
Após ser alvo de mandado de busca e apreensão, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) alegou que foi acordado pelos policiais federais com um fuzil no rosto. No entanto, a Policia Federal afirma que essa abordagem não ocorreu. "Não houve essa situação, ninguém apontou arma para ele", disse uma fonte da PF ao Correio.
O deputado está sendo investigado, no âmbito da Operação Lesa Pátria, por suspeita de incitar bolsonaristas no Rio de Janeiro na véspera do dia 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.
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