Desde que foi criada e desenvolvida, a partir de 2000, pelo cirurgião plástico Bahman Guyuron, em Cleveland, nos EUA, a cirurgia da enxaqueca vem sendo estudada, quantitativa e qualitativamente, ano a ano por diversos especialistas no mundo. - (crédito: Ivan Aleksic/Unsplash)
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Classificadas como a segunda principal causa de incapacidade em todo o mundo, as enxaquecas podem ter um fim com um procedimento cirúrgico. É o que diz estudo recente publicado em julho no periódico An International Journal of Surgical Reconstruction. Segundo o trabalho científico, que acompanhou 93 pacientes que se submeteram ao procedimento por mais de 12 meses, um total de 79 (84,9%) pacientes experimentou redução de pelo menos 50% na enxaqueca.
“Além disso, esse estudo mostrou que 13 (14%) pacientes relataram eliminação completa da enxaqueca. Outros trabalhos já levantaram números até maiores, com até 40% dos pacientes experimentando eliminação completa da enxaqueca. Quanto ao trabalho recente, uma diferença significativa foi encontrada antes e depois da cirurgia no escore de avaliação de incapacidade para enxaqueca, índice de cefaleia, frequência, duração e intensidade da dor”, explica o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca (EUA). O médico é idealizador do Migraine Surgery Academy, que ensina e estimula cirurgiões plásticos de todo mundo a realizarem as cirurgias de enxaqueca a fim de beneficiar mais pacientes com o tratamento.
Foi o que ocorreu com a dona de casa Rosinete Cione da Silva Rodrigues, de 54 anos. Ela enfrentou por 33 anos as crises frequentes e fortes de enxaqueca com aura, quando há alterações na visão, enxergando pontos brancos, flashes de luz, pontos cintilantes e outras alterações, seguida por uma dor de cabeça forte e constante. “Elas me acompanhavam desde os 17 anos. Fiz todo tipo de tratamento e usava medicamentos todos os dias, mesmo assim tinha muitas crises”, diz Rosinete, que fez a cirurgia da enxaqueca há quatro anos. “Passei pelo procedimento dia 20 de novembro 2019. A melhora foi de 100% graças a Deus e ao Dr. Paolo, que me devolveu a vida. Fui fazendo o ‘desmame’ dos medicamentos e hoje graças a Deus não tomo mais remédios para enxaqueca; tenho uma vida sem dores e sem medicamentos”, afirma.
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