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Israel realiza 2º noite de ataque terrestre na Faixa de Gaza
Internacional
Publicado em 27/10/2023

Um obuseiro autopropelido M109 de 155 mm do exército israelense é implantado em uma posição ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza - (crédito: JACK GUEZ / AFP)

Foto de perfil do autor(a) Aline Gouveia

Aline Gouveia +

Na iminência de uma invasão por terra na Faixa de Gaza, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmou que um "ataque direcionado" à região ocorreu pela segunda noite consecutiva, entre quinta e sexta-feira (27/10). Os ataques envolveram tanques e veículos blindados contra "locais de lançamento de mísseis antitanque, centros de comando e controle, e operativos terroristas do Hamas".

Na quinta-feira (26/10), tanques israelenses e unidades de infantaria realizaram a primeira operação terrestre pontual no norte da Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando o grupo extremista Hamas invadiu o sul do território israelense, matou 1.400 pessoas e sequestrou outras 224. Desde a contraofensiva israelense, que já se estende por 20 dias, mais de 7 mil pessoas morreram em Gaza.

Na quarta-feira (25/10), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que os preparativos para uma invasão a Gaza estavam em marcha e que a ação ocorreria após a autorização do gabinete de guerra montado sob seu governo. Entidades e líderes internacionais têm alertado que essa incursão por terra poderá aumentar exponencialmente o número de civis mortos.

Uma grande parte área da cidade permanece bloqueada para a realização da operação policial. As autoridades locais recomendaram às pessoas que permaneçam em suas casas e ordenou o fechamento de escolas e comércios.

Os policiais envolvidos nas buscas estão utilizando uniformes camuflados ao estilo militar. Agentes do FBI (polícia federal) também estão atuando e cercando a área com "uma abordagem de todos contra um", segundo o chefe da polícia da Lewiston, David St. Pierre.

Robert foi identificado em imagens de segurança apontando um rifle semiautomático enquanto ele entrava em uma pista de boliche. A Justiça emitiu um mandado de prisão por homicídio contra Card. Nascido em 1983, o suspeito é um instrutor de tiros certificado e reservista do Exército.

Robert foi identificado em imagens de segurança apontando um rifle semiautomático enquanto ele entrava em uma pista de boliche. A Justiça emitiu um mandado de prisão por homicídio contra Card. Nascido em 1983, o suspeito é um instrutor de tiros certificado e reservista do Exército.

A polícia pediu que qualquer pessoa que tiver informações sobre a identidade do homem, entre em contato com a corporação. Além disso, também foi divulgada uma foto de uma caminhonete branca, encontrada a dez quilômetros de Lewiston.

Segundo o canal norte -americano ABC News, Robert passou duas semanas em uma unidade hospitalar de saúde mental no início deste ano, após supostamente ameaçar atirar contra uma base da Guarda Nacional americana.

Um das vítimas do ataque armado é o administrador do restaurante Schemengees Bar & Grille, Joseph Walker. O pai dele, Leroy Walker, disse à NBC que a família toda está sofrendo um pesadelo que "não entendem".  "Estamos acordados a noite toda. Não sabemos para onde ir, a quem nos dirigir", afirmou.

Na quarta-feira (25/10), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que os preparativos para uma invasão a Gaza estavam em marcha e que a ação ocorreria após a autorização do gabinete de guerra montado sob seu governo. Entidades e líderes internacionais têm alertado que essa incursão por terra poderá aumentar exponencialmente o número de civis mortos.

Preocupação

As Nações Unidas manifestaram, nesta sexta-feira (27/10), preocupação com a possibilidade de terem sido cometidos crimes de guerra no conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas. "Preocupa-nos que crimes de guerra estejam sendo cometidos. Estamos preocupados com a punição coletiva dos habitantes de Gaza em resposta aos ataques atrozes do Hamas, que também constituem crimes de guerra", disse o porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.

Segundo o Ministério de Saúde de Gaza, um total de 481 mortes, incluindo 209 crianças, foram notificadas nas últimas 24 horas. Além disso, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários relatou que cerca de 1.600 pessoas, incluindo 900 crianças, foram dadas como desaparecidas e podem estar sob os escombros.

 

Aline Gouveia 

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