O coronel Paulo José Bezerra é o ex-subchefe do Departamento de Operações (DOP), da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
postado em 21/09/2023 12:56 / atualizado em 21/09/2023 12:57
O coronel Paulo José Bezerra, ex-subchefe do Departamento de Operações (DOP), da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), afirmou que o coronel Marcelo Casimiro merece o troféu de “Pinóquio” de “cara de pau do ano”. O oficial afirmou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF) que a atribuição das manifestações de 8 de janeiro era de Casimiro.
À CPI, Bezerra citou que não era determinação dele abrir a Esplanada dos Ministérios, refutando a tese apontada por Casimiro em depoimento anterior à comissão. O coronel disse que não teria porquê abrir a Esplanada, já que nem é de atribuição dele tal função. “Teve uma reunião no sábado, com o delegado Andrei (da Polícia Federal), e ele manifesta preocupação com a eventual manifestação agressiva. Acho interessante, porque eu não soube dessa reunião”, disse.
“Inclusive, o Casimiro credita a mim a ordem de abrir a Esplanada. Eu chego de férias e não estava inteirado sobre possíveis manifestações. O Casimiro merece um troféu Pinóquio, de cara de pau do ano”, completou o coronel Paulo José.
Pedido de fechamento da Esplanada negado
Conforme mostrado pelo Correio, em julho, o diretor-geral da PF, Andrei Passos, se encontrou com a subsecretária de Operações, coronel Cíntia Queiroz, e com o ex-secretário-executivo Fernando de Sousa Oliveira, às vésperas do 8 de janeiro, para tratar sobre o fechamento da Esplanada. O pedido da PF foi negado pela cúpula da SSP.
Bezerra disse que quando foi convidado por Naime a integrar o DOP, era para integrar a parte administrativa, e não a área operacional. O coronel é um dos policiais militares denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele foi preso ao lado de outros oficiais em 18 de agosto.
Denunciados
Ao ser preso, Paulo José Bezerra e outros oficiais do alto-comando da PMDF foram denunciados pela PGR pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e por infringir a Lei Orgânica e o Regimento Interno da PM.
Dos sete oficiais presos na operação, seis tiveram os salários suspensos pelo comandante-geral da PMDF, Adão Macedo, cumprindo uma determinação do ministro Alexandre de Moraes. A única exceção, por ora, é o próprio coronel Paulo José Bezerra
Nosso site usa cookies e outras tecnologias para que nós e nossos parceiros possamos lembrar de você e entender como você usa o site. Ao continuar a navegação neste site será considerado como consentimento implícito à nossa política de privacidade.