PRISÃO
Naime estava pré-diabético quando foi preso em operação da PF para o 8/1
Familiares de coronel acreditam que ele possa ter tido uma crise de glicemia, por estar em um quadro de pré-diabetes. Naime está preso desde 7 de fevereiro, após ser alvo de uma operação
A suspeita é de que ele tenha tido uma crise de glicemia. O resultado dos exames ainda não saiu - (crédito: Fotográfo/Agência Brasil)
A suspeita é de que ele tenha tido uma crise de glicemia. O resultado dos exames ainda não saiu - (crédito: Fotográfo/Agência Brasil)
O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Eduardo Naime, encontrado desacordado dentro da cela onde está preso, na madrugada desta quarta-feira (13/7), estava com um quadro de pré-diabetes quando foi preso pela Polícia Federal, em fevereiro. O oficial está preso há cinco
Naime foi encontrado por outros policiais com um armário sobre ele. De lá, o coronel foi levado ao Hospital de Base, já consciente. Ele passou por exames para constatar o que ocorreu, mas a suspeita é de que ele tenha tido uma crise de glicemia. O resultado dos exames ainda não saiu. O oficial faz uso de remédios.
Ele já retornou para a unidade onde está detido, na Academia de Polícia. A informação foi confirmada por familiares e pela defesa de Naime.
O coronel está preso desde 7 de fevereiro, após ser alvo da Operação Lesa Pátria, da PF, no desdobramento das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. A prisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), o coronel disse que não sabe o motivo da detenção porque estava de folga em 8 de janeiro, mas decidiu sair de casa e ir à Esplanada para combater os manifestantes.
Na CLDF, Naime apontou que o Exército atuou para proteger os terroristas, impedindo que a PM prendesse os acampados em frente ao Quartel-General (QG). Como estava de folga, quem respondia pelo DOP era o coronel Paulo José, apontado em um relatório como omisso pela PF por não ter realizado planejamento operacional.
Além da CPI do DF, o coronel foi ouvido na CPMI do Congresso Nacional, que também apura os atos golpistas de 8 de janeiro.
Pablo Giovanni
Correio Braziliense