A conclusão do Acordo Mercosul-União Europeia é uma prioridade e deve estar baseada na confiança mútua e não em ameaças", disse Lula - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Lisboa — O Brasil vai trabalhar duro para que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia saia ainda este ano, depois de duas décadas de negociação, mas desde que os dois lados ganhem. Mais do que isso, é preciso respeito de todas as partes. O recado foi dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Bruxelas, durante a abertura da reunião de cúpula entre a União Europeia e a Comissão dos Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac). “Queremos assegurar uma relação comercial justa, sustentável e inclusiva. A conclusão do Acordo Mercosul-União Europeia é uma prioridade e deve estar baseada na confiança mútua e não em ameaças”, disparou.
O discurso de Lula reflete todo o descontentamento dos sócios do Mercosul com um recente posicionamento da União Europeia. Por meio de um documento (side letters) enviado ao bloco sul-americano, os europeus impuseram uma série de punições em caso de desmatamento. Para o líder brasileiro, não se pode ameaçar parceiros. Na tentativa de aparar as arestas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que é possível superar todos os entraves para que o tratado comercial seja assinado até o fim do ano.
CÚPULA UE-MERCOSUL
Para Lula, "acordo do Mercosul com a UE exige confiança, não ameaças"
O recado foi passado pelo líder brasileiro durante discurso de abertura, em Bruxelas, da reunião de cúpula entre os países europeus e nações latino-americanas e do Caribe
INÍCIO
"A conclusão do Acordo Mercosul-União Europeia é uma prioridade e deve estar baseada na confiança mútua e não em ameaças", disse Lula - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Lisboa — O Brasil vai trabalhar duro para que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia saia ainda este ano, depois de duas décadas de negociação, mas desde que os dois lados ganhem. Mais do que isso, é preciso respeito de todas as partes. O recado foi dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Bruxelas, durante a abertura da reunião de cúpula entre a União Europeia e a Comissão dos Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac). “Queremos assegurar uma relação comercial justa, sustentável e inclusiva. A conclusão do Acordo Mercosul-União Europeia é uma prioridade e deve estar baseada na confiança mútua e não em ameaças”, disparou.
O discurso de Lula reflete todo o descontentamento dos sócios do Mercosul com um recente posicionamento da União Europeia. Por meio de um documento (side letters) enviado ao bloco sul-americano, os europeus impuseram uma série de punições em caso de desmatamento. Para o líder brasileiro, não se pode ameaçar parceiros. Na tentativa de aparar as arestas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que é possível superar todos os entraves para que o tratado comercial seja assinado até o fim do ano.
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Ao mesmo tempo, ministro das relações exteriores dos países do Mercosul se reuniram para fechar posição. No entender do presidente brasileiro, a defesa de valores ambientais, compartilhada por todos, não pode ser desculpa para o protecionismo. Além disso, acrescentou, o poder de compra do Estado é uma ferramenta essencial para os investimentos em saúde, educação e inovação. Sua manutenção, portanto, é condição para a industrialização verde que todos querem levar adiante. “Proteger a Amazônia é uma obrigação. Vamos eliminar seu desmatamento até 2030. Mas a floresta tropical não pode ser vista apenas como um santuário ecológico”, frisou.
Vicente Nunes — Correspondente
Correio Braziliense