Uma comitiva coordenada pelo governador Eduardo Leite tratou de importantes projetos de geração de energia programados para o Estado, em reunião realizada nesta quarta-feira (26/4), na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em Brasília. O projeto da termoelétrica planejada para ser construída em Rio Grande foi um dos principais assuntos abordados no encontro.
"Para o Estado, representaria uma vitória muito importante. Temos uma região carente de investimentos de porte que se beneficiaria diretamente com a termoelétrica. Além disso, haveria uma oferta ainda maior de energia para atrair investimentos para o sul gaúcho", justificou o governador durante sua fala.
A comitiva do Rio Grande do Sul foi recebida pelo diretor da Aneel, Sandoval Feitosa, que disse que o assunto ainda precisa ser discutido com mais profundidade, principalmente com o Ministério de Minas e Energia. Segundo Feitosa, é preciso detalhar a demanda de energia no país, o que colaboraria com a reativação do projeto.
Acompanhado do prefeito de Rio Grande, Fábio Branco, e da direção do porto local, o governador falou sobre o complexo termoelétrico na região. O projeto pode resultar em um investimento de até R$ 6 bilhões e atender cerca de um terço da demanda de energia do Estado.
Atração de investimentos
A obra vai possibilitar a operação de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) no Porto de Rio Grande e, com isso, ampliar a oferta de energia no sul do Estado e possibilitar a atração de investimentos industriais na região.
No momento, o investimento precisa que a Aneel derrube o embargo feito ao projeto, em 2017. Na época, essa decisão foi resultado de uma dificuldade da empresa anteriormente responsável pela termoelétrica para iniciar as obras. Atualmente, o governo do Estado atua para resolver o impasse e já concedeu, a partir da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), as licenças ambientais para possibilitar o investimento.
Energia eólica
Os projetos de exploração de energia eólica offshore (com turbinas localizadas em alto-mar ou em áreas de lagoa) no Rio Grande do Sul também foram pauta do encontro em Brasília. Hoje, há estudos sobre projetos de parques de geração de energia a partir da força do vento em áreas de água, como mar e lagoas, no Estado. No entanto, para a continuidade desses projetos, são necessárias algumas adequações da legislação federal sobre o tema.
Texto: Leandro Belles/Secom
Edição: Camila Cargnelutti/Secom