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Em depoimento à Polícia Federal, o capitão de corveta da reserva Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe-de-gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República, detalhou uma ligação em que o tenente-coronel Mauro Cid - ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro - pediu que ele explicasse, no viva-voz, ao então presidente da República porque não poderia assinar um ofício para tentar liberar bens que 'teriam sido encaminhados para o Estado pelo governo da Arábia Saudita', mas estavam retidos na Receita.
Como mostrou o Estadão, o Fisco apreendeu, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, em outubro de 2021, um conjunto de colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em EUR 3 milhões, o equivalente a R$ 16,5 milhões - joias que seriam um presente a Bolsonaro e a então primeira-dama Michelle Bolsonaro. As joias estavam na mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A partir daí, o governo deu início a uma série de tentativas para reaver os bens.
Segundo o oficial da reserva da Marinha, a ligação do tenente-coronel Mauro Cid foi realizada no dia 27 de dezembro, no apagar das luzes do governo Bolsonaro.
Agência Estado