(crédito: Reprodução/YouTube/Sikera Junior)
A RedeTV! confirmou que o contrato do apresentador Sikêra Júnior não será renovado e o programa Alerta Nacional será exibido pela última vez no dia 28 de abril. A emissora encerrou também o contrato com a TV A Crítica, do Amazonas, responsável por produzir o telejornal.
Sikêra fazia parte da emissora desde 2019 e o contrato acabou em 16 de dezembro. Após o término do acordo, a RedeTV! chegou a negociar uma renovação, mas desistiu. "A RedeTV! confirma o término do contrato com Sikêra Jr e a TV A Crítica, geradora do Alerta Nacional, para a transmissão do formato em rede nacional”, informa nota da emissora.
Após a veiculação da notícia, Sikêra fez postagens enigmáticas pelo Instagram. Primeiro, postou uma imagem de Jesus recebendo um beijo do discípulo Judas — o que costuma ser associado com traição. Neste sábado (8/4), publicou uma imagem do elenco do Alerta Nacional, com a legenda "??????". Algumas horas depois, publicou uma imagem com o texto "Você não pode mudar as pessoas ao seu redor, mas pode mudar as pessoas ao seu redor. Leia isso de novo".
Problemas judiciais
De acordo com o colunista Ricardo Feltrin, da UOL, os discursos homofóbicos e extremistas de Sikêra tornaram-se um problema para a RedeTV!. Além da repercussão negativa, os comentários levaram a dezenas de problemas judiciais para a emissora, como investigações do Ministério Público.
Em 2021, Sikêra criticou um comercial do Burguer King para o Dia do Orgulho LGBTQIA+ e chamou gays de "raça desgraçada", o que levou uma fuga de anunciantes do programa e uma ação pública ajuizada pelo Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul.
Em fevereiro deste ano, o MPF na Paraíba chegou a pedir a prisão do jornalista por racismo após ele se referir a uma mulher negra como "vagabunda", "sebosa" e "preguiçosa" durante o programa.
A reportagem do Correio Braziliense entrou em contato com a assessoria de Sikêra Júnior, mas até o momento de publicação desta matéria, não obteve resposta. O espaço continua aberto para eventuais manifestações.
Correio Braziliense