Você conhece o tuco-tuco-das-dunas? O mamífero roedor subterrâneo de olhos e orelhas pequenos, corpo alongado e cor amarelada costuma aparecer na área de dunas da costa gaúcha, mas o perigo de extinção da espécie acendeu uma luz de alerta em ambientalistas. Por conta disso, alunos e técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) uniram-se em torno do Projeto Tuco-Tuco, iniciativa que está espalhando placas informativas de conscientização sobre a espécie nos pontos onde a presença deles ainda é observada.

Nesta semana, equipes da Prefeitura de Imbé coordenadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Pesca, Proteção Animal e Agricultura (SEMMAPA) distribuíram placas feitas em ferro galvanizado – e, por isso, mais resistentes aos efeitos da maresia – e sustentadas por estacas de madeira para orientar moradores, turistas e veranistas sobre os cuidados necessários com a espécie animal que, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, está ameaçada de extinção.

No Rio Grande do Sul, o tuco-tuco-das-dunas habita a primeira linha de dunas do litoral gaúcho, desde o Chuí até a praia de Arroio Teixeira, em Capão da Canoa. O animal cava tocas subterrâneas e se alimenta das plantas que por ali crescem. Em Imbé, as placas foram instaladas na faixa de areia próximas às avenidas Garibaldi (Centro), Brasil (Presidente), Ovídio Barbieri (Ipiranga) e Mariluz (Mariluz).

“É importante que as pessoas utilizem as passarelas, evitando, com isso, pisar nas dunas, e também joguem o lixo na lixeira para que esses resíduos não se tornem ameaça ao animal”, explica a secretária-adjunta da SEMMAPA, Nélida Pereira. “Também é fundamental manter distância ao avistá-los e não alimentá-los sob hipótese alguma”, complementa.

A iniciativa é patrocinada pela Fundação Grupo Boticário.

Texto: Thaynara da Rosa 

Fotos: Ivan de Andrade