A verdadeira novela que envolve o ex-porta-aviões brasileiro chamado de "São Paulo" ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (20/1). O navio agora terá o controle da Marinha Brasileira, por meio da Autoridade Marítima Brasileira (AMB). A própria Marinha confirmou a informação por meio de nota.
"A Marinha do Brasil, por meio da Autoridade Marítima Brasileira (AMB), informa que assumiu as operações que envolvem o casco do ex-navio aeródromo São Paulo, visando preservar a segurança da navegação, danos a terceiros e ao meio ambiente, com base na Lei nº 7.542/86, após a empresa Sök Denizcilik Tic Sti não ter efetivado as providências anteriormente determinadas pela AMB.
"Como parte desse processo, o Navio de Apoio Oceânico "Purus" substituiu o rebocador Alp Guard, da empresa ALP (contratada pela proprietária do casco para a manutenção do reboque), que apresentou restrições logísticas para a manutenção do reboque do casco. A operação ocorreu a 170 milhas náuticas da costa brasileira (cerca de 315km), área marítima considerada segura, dadas as atuais condições de severa degradação em que o casco se encontra. Cabe ressaltar que a Sök não deixou de ter responsabilidade pelo bem".
Por fim, a AMB não autorizará a aproximação do casco de águas interiores ou terminais portuários brasileiros, em face do elevado risco que representa, com possibilidade de encalhe, afundamento ou interdição do canal de acesso a porto nacional, com prejuízos de ordem logística, operacional e econômica ao Estado brasileiro".
Ronayre Nunes