Liderado pelos gols de Richarlison, um deles uma pintura de voleio, Seleção Brasileira sofre com a marcação no primeiro tempo. Mais organizado, time deslanchou no segundo tempo contra a Sérvia
A estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo contra a Sérvia teve momentos de tensão, provocado pela eficiente marcação dos europeus no primeiro tempo, e de alegria em campo, nítida quando o time encaixou em campo e construiu uma vitória imponente. No Estádio Icônico de Lusail, em Doha, o time tupiniquim foi liderado pela eficiência de Richarlison. Com faro de gol, o camisa 9 quebrou a série negativa do número em Mundiais aos marcar os dois — um deles uma pintura —, na vitória por 2 x 0.
Defensivamente, o time do técnico Tite foi bastante consistente e parou as principais opções ofensivas da Sérvia. Coordenada, a linha de quatro não vacilou na marcação e fez Alisson praticamente não ser exigido. No ataque, a Seleção deslanchou após Richarlison marcar o primeiro gol. Antes, a equipe colocou duas bolas na trave. Depois, o próprio camisa nove ampliou. O goleiro Vanja Milinkovic-Savic ainda salvou outras chances e contou com a sorte para não deixar o campo com mais gols sofridos.
Veja a nota para a atuação dos jogadores
Alisson — Nota: 7,0
Com a Sérvia bastante recuada em campo, Alisson praticamente assistiu a boa atuação da Seleção Brasileira de uma visão privilegiada do gramado. Não precisou fazer nenhuma defesa difícil, mas demonstrou segurança quando foi exigido.
Danilo — Nota: 7,0
Assim como o colega de posição, foi eficiente defensivamente e fez alguns bons desarmes. Tentou alguns cruzamentos quando avançou ao ataque. Porém, os homens de ataque não conseguiam se desvencilhar da alta marcação sérvia.
Marquinhos — Nota: 7,0
Ganhou a maioria dos combates contra os jogadores ofensivos da Sérvia. Entrosado com os companheiros de defesa, coordenou bem a linha defensiva a cada tentativa de construção do time europeu.
Thiago Silva — Nota: 7,5
Jogador mais velho a defender o Brasil em Copas, esbanjou classe na marcação. O camisa três e capitão da Seleção também foi boa opção nas bolas aéreas. Chegou a levar a melhor contra os zagueiros rivais algumas vezes.
Alex Sandro — Nota: 7,5
Bastante seguro na composição da linha defensiva de quatro jogadores montada por Tite, não teve grande trabalho para segurar o ataque sérvio. Apareceu bem em finalização de fora da área na trave e quando cortou o perigo em cruzamento dos europeus.
Casemiro — Nota: 8,0
Pilar do esquema tático brasileiro, fez o que se esperava: foi seguro no papel defensivo e assustou quando foi ao ataque. No segundo tempo, acertou belo chute colocado na trave.
Lucas Paquetá — Nota: 7,0
Recuado para a posição de segundo volante, cumpriu bem o papel defensivo ao lado de Casemiro e impossibilitou a infiltração adversária. O aproveitamento de 73% nos passes foi uma das virtudes.
Neymar — Nota: 6,5
Como esperado, teve pouco espaço para brilhar e servir os companheiros. Imposição física dos sérvios foi determinante para a anulação do principal craque da Seleção Brasileira. Saiu de campo com dores e chorou no banco de reservas.
Vinicius Junior — Nota: 7,5
Uma das principais armas ofensivas na primeira etapa, dificultou a vida do setor defensivo direito da Sérvia. O esforço na estreia em Copa do Mundo foi recompensado com a excelente jogada pela esquerda com a assistência para Richarlison.
Raphinha — Nota: 6,5
Foi bastante participativo no primeiro tempo e teve oportunidade de abrir o placar em chance desperdiçada cara a cara com o goleiro. Errou em tomadas de decisão, mas foi fundamental na construção do primeiro gol de Richarlison.
Nota: 6,5
Richarlison — Nota: 9,5 Destaque da partida, chamou a responsabilidade de vestir a camisa 9 da Seleção na Copa do Mundo. Honrou antecessores como o Ronaldo Fenômeno ao marcar os dois gols da vitória e exorcizar o fantasma que assombrou Gabriel Jesus na disputa em 2018, na Rússia. Nota: 10
Tite — Nota: 8,0
Tomou a decisão certa ao colocar em campo uma Seleção Brasileira com veia ofensiva. Mesmo com o time ineficiente no primeiro tempo, fez os ajustes necessários no intervalo para deixar a equipe mais encaixada. Mexeu apenas para preservar peças quando o resultado estava construído.
Reservas
Antony — Nota 6,0
Substituiu Neymar e fez bem o papel de extremo pela direita. Encontrou oportunidade para finalizar a gol, mas não aproveitou.
Fred — Nota 7,0
Entrou no lugar de Lucas Paquetá e deu conta do recado. Freou a investida sérvia e ainda acertou um chute na trave, que quase ampliou a vantagem brasileira na estreia.
Gabriel Jesus — Nota 6,0
Assumiu o papel de Richarlison no ataque, mas foi pouco acionado. Não teve a chance de finalizar e passou despercebido no debute verde-amarelo.
Gabriel Martinelli — Nota 6,0
Uma das maiores surpresas da convocação, Gabriel Martinelli entrou aos 42 minutos do segundo tempo e não teve tempo e espaço suficiente para mostrar serviço. Não comprometeu.
Rodrygo — Nota 6,8
Escolhido para a função do companheiro Vinicius Junior, Rodrygo atuou por apenas 21 minutos, mas mostrou qualidade para atacar com velocidade. Finalizou uma vez para fora.
Foto:(crédito: Lucas Figueiredo/CBF)
Fonte Correio Braziliense