O Prêmio Lila Ripoll de Poesia 2022 - 16ª edição - está com inscrições abertas de 25 de maio a 25 de julho. Instituído pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em 2004, o prêmio tem o intuito de fomentar o desenvolvimento cultural e estimular a criação artística, por intermédio da divulgação e valorização da poesia dedicada às causas sociais e às questões de gênero, bem como dar visibilidade a novos talentos literários.
A Comissão Organizadora da Edição de 2022 do Prêmio Lila Ripoll de Poesias é composta pelo deputado Luiz Marenco (PDT), pela diretora do Departamento de Cultura da ALRS, Mariana Abascal e por Analia Sanches Dorneles.
Regulamento
O regulamento do certame está disponível em
Inscrições
As inscrições devem ser efetuadas enviando poesias para a caixa de correio eletrônico lila.ripoll@al.rs.gov.br , informando no campo "Assunto" a frase "Prêmio Lila Ripoll 2022"
As poesias deverão ser digitadas em arquivo de editor de texto na fonte “Times New Roman” com tamanho 12 (doze), página formato A4, contendo no máximo 14 (catorze) versos ou linhas, emlíngua portuguesa, apenas identificadas no topo da página pelo pseudônimo e título de cada poesia;
As poesias deverão ser gravadas (salvas) em um único arquivo eletrônico, editável, cuja denominação consistirá no pseudônimo seguido da palavra “poesia” separado por hífen, como por exemplo: “rosadosventos-poesia.doc ou “rosadosventos-poesia.odt.
Os arquivos descritos nos itens 3.1.2 e 3.1.3 (regulamento do certame), contendo a(s) poesia(s) e a respectiva identificação do autor, deverão ser enviados por e-mail para: lila.ripoll@al.rs.gov.br, informando no campo “Assunto” a frase “Prêmio Lila Ripoll 2022”.
A confirmação da inscrição dar-se-á somente pela resposta da Comissão Organizadora para o e-mail utilizado no envio da inscrição.
Cada autor poderá apresentar, no máximo, 3 (três) trabalhos, que deverão ser inéditos (não publicados em canal ou veículo impresso, eletrônico ou digital).
O resultado do Concurso será divulgado até o dia 16 de agosto, no Portal dos Prêmios: http://www.al.rs.gov.br/premios. Os autores dos poemas selecionados pela Comissão Julgadora serão comunicados por meio eletrônico (e-mail) e/ou telefonema.
* Mais informações podem ser obtidas pelo telefones: (51) 3210-2924
Lila Ripoll
Gaúcha de Quaraí, Lila Ripoll viveu de 1905 a 1967. Foi poeta, professora, pianista, jornalista e militante sindical. Colaborou para diversos jornais e revistas do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, como o “Correio do Povo” e “A Tribuna Gaúcha”, e foi candidata a deputada pelo PCdoB. Um de seus livros dedicados a protestar contra desigualdades, “Novos Poemas” (1951), levou a poeta a receber o “Prêmio Pablo Neruda da Paz”.
No ano de 1938, Lila Ripoll lançou seu primeiro livro “De mãos postas“, no qual está presente a dor e a saudade do seu primo e irmão adotivo que foi brutalmente assassinado. Nesta obra, composta por 24 poemas, as questões sociais e libertárias ainda não estavam presentes com a intensidade que, ao longo do tempo, far-se-ão presentes no conjunto da sua obra.
O seu segundo livro, “Céu vazio”, publicado, em julho de 1943, ela dedicou “in memoriam” ao seu pai e também aos amigos.
Seu terceiro livro “Por Quê?” contém 25 poemas e foi editado, no Rio de Janeiro, pela Editora Vitória, em 1947. Esta era considerada a porta-voz dos intelectuais comunistas do Brasil. Lila Ripoll dedicou esta obra à sua mãe e ao engenheiro Alfredo Luis Guedes com o qual se casou, em 1944.
A obra completa de Lila Ripoll totaliza oito livros, que foram editados, de 1938 a 1965, nesta respectiva ordem: “De mão postas “, “Céu Vazio”, “Por quê?”, “Novos poemas”, “Primeiro de Maio”, “Poemas e canções”, “O Coração descoberto” e “Águas Móveis”. Além destes livros, há poemas inéditos recuperados e organizados por Alice C. Moreira na publicação “Lila Ripoll – Obra completa”, cuja pesquisa se efetivou no Centro de Memória do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Letras (PUCRS). Nossa poetisa escreveu também uma peça intitulada “Um colar de vidro” (1958) que é uma crítica aos valores burgueses. Em Porto Alegre, a peça foi apresentada no Teatro São Pedro.