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Cerimônia do Dia da Inconfidência em Ouro Preto não terá público
Minas Gerais
Publicado em 21/04/2022

Tradicional evento contará apenas com autoridades e convidados

Pelo terceiro ano consecutivo, o público não poderá acompanhar de perto a tradicional cerimônia do Dia da Inconfidência, tradicionalmente realizada em Ouro Preto (MG), a cerca de 100 quilômetros de Belo Horizonte. Devido às restrições sanitárias decorrentes da pandemia da covid-19, o governo mineiro se limitará a realizar, nesta quinta-feira (21), um ato apenas com a presença de autoridades e convidados.

Dedicada à memória de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (1746-1792), e celebrada em todo o país, a data ganha um sentido especial em Minas Gerais, sobretudo em Ouro Preto, a antiga Vila Rica. Berço da Conjuração Mineira – movimento que concentrou a revolta de parte da população local contra a Coroa portuguesa e pelo qual Tiradentes foi enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792 – a cidade todos os anos, nesta data, assume o status de capital política do estado por um dia.

Além de despachar na cidade, o governador Romeu Zema participará dos dois eventos oficiais alusivos à data. Na Praça Tiradentes, às 9h, Zema e convidados acompanharão uma cerimônia oficial de tiros, o hasteamento da bandeira e a colocação de flores no monumento a Tiradentes.

Na sequência, haverá um evento no Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), no qual serão homenageadas as personalidades e instituições agraciadas com a Medalha da Inconfidência por, segundo o governo estadual, terem contribuído para o desenvolvimento do estado e do país.

Entre os 170 homenageados, estão o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que receberá o Grande Colar, distinção máxima entre as quatro designações da Medalha da Inconfidência (as outras três são a Grande Medalha, a Medalha de Honra e a Medalha da Inconfidência). Também serão condecorados a técnica de enfermagem Maria do Bonsucesso Pereira, primeira pessoa a ser vacinada contra o novo coronavírus em Minas Gerais, em janeiro de 2021; o presidente da Academia Mineira de Letras, Rogério de Vasconcelos Faria Tavares, e o infectologista, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (Ufmg) e membro do Comitê Voluntário de Enfrentamento à Covid-19 em Belo Horizonte, Unaí Tupinambás.

Das 170 pessoas agraciadas nesta 70ª edição da entrega de medalhas, 86 foram indicadas em 2020, quando o evento não ocorreu devido à pandemia. Em 2021, não houve indicados, também em função da crise sanitária. Agora, em 2022, houve 84 contemplados.

Segundo o governo estadual, apesar da homenagem agendada para hoje, as medalhas físicas só serão entregues “em outra ocasião, ainda a ser informada”.

 

Edição: Fábio Massalli

 Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília 

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