EUA e Reino Unido vêm batendo recordes de novos casos de covid-19. Segundo especialistas, as variantes Delta e principalmente a Ômicron são as responsáveis pela nova onda de infecções. A média móvel de casos em sete dias nos EUA chegou a 267 mil nesta quarta-feira, 29, segundo o The New York Times. O Reino Unido somou 183 mil novas contaminações em 24 horas - no país, 90% das internações são de quem não tomou a dose de reforço.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o "tsunami" de infecções pela Ômicron nos últimos sete dias aumenta a pressão sobre os sistemas de saúde, que estão "à beira do colapso". Nos EUA, a Ômicron superou a variante Delta em poucas semanas e representa 96,3% dos novos casos em três Estados do noroeste do país (Oregon, Washington e Idaho), de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
No Reino Unido, a situação se repete. A Escócia, por exemplo, relatou 15.849 novos testes positivos para covid em 24 horas, o maior total diário desde o início da pandemia, superando o recorde anterior, de 11.030, registrado em 26 de dezembro. O número diário da Inglaterra também bateu recorde, com 138.287 casos na quarta-feira, ante a 117.093 de terça-feira.
Com recordes de novos casos, aumentam também as internações. Os EUA têm registrado uma média de mais de 71 mil por dia. As mortes também estão em alta, com média diária de 1.243 - em 26 de janeiro, o país notificou 3.342 óbitos, o número mais alto até agora. "Uma onda gigantesca de casos de Ômicron, provavelmente, inundará grande parte do país no próximo mês", disse Neil Sehgal, professor da Universidade de Maryland.
A variante Ômicron é mais rápida do que outras, inclusive a Delta, para infectar pessoas vacinadas. No Reino Unido, 9 em cada 10 internados na UTIs com covid não tomaram a dose de reforço da vacina, segundo informou o primeiro-ministro, Boris Johnson, que fez um novo apelo para que a população tome a dose adicional antes do ano-novo. "A variante Ômicron continua provocando problemas reais. Vemos que os casos aumentam nos hospitais", disse Johnson.
AE
Agência Estado