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Jovens, adultos e velhos anti-vacina têm frequentado "festas do coronavírus" para se infectar e conseguir o passaporte sanitário por meio da infecção prévia - (crédito: Getty Images/AFP)"Festas do coronavírus" têm sido comuns entre jovens e adultos europeus que buscam fugir da vacina
Em Bolzano, cidade italiana próxima à fronteira com a Áustria, um austríaco, de 55 anos, morreu de covid-19. O incomum dessa história é a forma e o motivo pelo qual o homem foi infectado, em uma “festa do coronavírus” frequentada por pessoas que não querem se vacinar. Após o ocorrido, autoridades italianas reforçaram a importância da vacinação contra a covid-19.
Essas festas têm se tornado rotineiras entre jovens e pessoas de idade mais avançada. Segundo Patrick Franzoni, coordenador da unidade anti-covid em Bolzano, moradores da Alemanha e da Áustria viajam até a Itália para participarem dessas reuniões de contágio voluntário. Isso porque, em alguns lugares do país europeu, é aceita a comprovação de infecção prévia como alternativa à vacina.
Essa comprovação, chamada de “passaporte sanitário”, permite o acesso a locais de trabalho. A partir de 6 de dezembro, o mesmo documento será exigido em cinemas, teatros, academias, boates, teleféricos, estádios, bares e restaurantes. Outros países europeus também adotaram a estratégia, por isso pessoas anti-vacinas têm buscado se infectar com o vírus.
Em entrevista ao portal independente Il Dolomiti, Franzoni contou que recebeu relatos de médicos sobre pacientes que se infectaram propositalmente. “Fazem isso para desenvolver anticorpos e obter o passe verde sem vacinação. Há consequências de longo prazo e até mesmo os jovens podem acabar no hospital", disse ele. “Aqui temos uma criança hospitalizada na pediatria", alertou.
Aline Brito