crédito: Angela Weiss / AFP)
A investigação policial sobre o tiro mortal com uma pistola cenográfica disparado por Alec Baldwin durante uma filmagem se concentrava neste sábado (23) na especialista encarregada da arma e no ajudante de direção que a entregou ao ator americano.
A diretora de fotografia de origem ucraniana Halyna Hutchins, de 42 anos, levou um tiro no peito e morreu pouco após o ocorrido na quinta-feira no Novo México, enquanto o diretor Joel Souza, de 48 anos, que estava atrás dela, ficou ferido, foi hospitalizado e teve alta.
A polícia interrogou Baldwin, que cooperou voluntariamente, mas não apresentou acusações contra ele.
Souza disse neste sábado que estava arrasado com a perda da amiga e colega. "Era amável, vibrante, incrivelmente talentosa (...) e sempre me impulsionava a ser melhor", disse, em declarações à publicação Deadline.
A pistola, que devia ter uma bala de festim, tinha no lugar munição real, segundo a declaração sob juramento apresentada pelo gabinete do xerife para obter uma ordem de buscas, noticiaram veículos locais.
Segundo declaração, o diretor-adjunto Dave Halls, identificado como o homem que entregou a arma a Baldwin, gritou "arma fria", enquanto o fazia. Esta expressão é usada na indústria do cinema para indicar que uma arma só tem uma bala de festim. O documento judicial, obtido pela AFP, diz que Halls não sabia que a arma estava carregada
A polícia se concentra na sequência exata dos acontecimentos que permitiram introduzir a munição real na locação de "Rust", um "western" ambientado no século XIX.
No telefonema para o 911, imediatamente após o disparo, foi possível ouvir a comoção e a raiva que tomaram conta do set.
"Temos duas pessoas que levaram tiros acidentalmente com uma pistola cenográfica; precisamos de ajuda imediatamente", diz a pessoa que liga para um agente de polícia.
Ele retuitou uma notícia da revista especializada Variety, intitulada "Alec Baldwin recebeu uma arma de cenografia que era segura antes do disparo fatal, segundo declaração sob juramento".
Agência France-Presse