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Alexandre de Moraes determina prisão de blogueiro Allan dos Santos
Justiça
Publicado em 21/10/2021

(crédito: Roque de Sá/Agência Senado

Ministro também determinou extradição do bolsonarista, que está nos Estados Unidos com o visto de permanência vencido. STF também solicitou o bloqueio de todas as redes do homem, que é acusado de participar de milícia digital

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva do blogueiro Allan dos Santos e acionou o Ministério da Justiça para iniciar o processo de extradição do bolsonarista. Com o visto vencido, Allan está nos Estados Unidos.

Moraes ainda ordenou que a Polícia Federal inclua o mandado de prisão na lista da Difusão Vermelha da Interpol e acionou a embaixada americana.

A decisão do magistrado atende a um pedido da Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a prisão. Segundo a PF, o blogueiro, “a pretexto de atuar como jornalista”, assumiu a condição de um dos organizadores de um movimento responsável por ataques à Constituição, aos Poderes de Estado e à Democracia.

A suspeita é de que essas ações podem ter sido financiadas com recursos públicos a partir de sua interlocução com a família Bolsonaro e parlamentares alinhados ao governo.

Redes bloqueadas

Moraes determinou ainda que sejam bloqueadas todas as redes sociais vinculadas a Allan dos Santos e ainda suas contas bancárias. Ele também não poderá receber recursos das redes sociais por produção de conteúdo. O STF autorizou as quebras do sigilo sobre as transações financeiras e dos dados de mensagens e e-mails desde janeiro de 2020, como solicitado pela PGR.

Para os investigadores, o alto volume de doações recebidas pelo blogueiro em seus multicanais é suspeito. Há registro de repasses de diversos servidores públicos, sendo que um deles fez transferências de R$ 40 mil.

Bolsonarista é investigado no Supremo em dois inquéritos: o que apura a divulgação de fake news e ataques a integrantes da Corte e também no que identificou a atuação de uma milícia digital que trabalha contra a democracia e as instituições no país.

LP
Luana Patriolino
Fonte Correio Braziliense
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