A Secretaria da Saúde (SES) distribuirá 119,5 mil doses de vacinas Pfizer e Coronavac na quinta-feira (29/7), dando continuidade à campanha de imunização contra a Covid-19. Das doses da Pfizer, cerca de 6 mil destinam-se a segundas aplicações (d2) em gestantes e puérperas que receberam a primeira (d1) da Astrazeneca e cerca de 7 mil para adolescentes de 12 a 17 anos com comorbidades. As demais serão utilizadas para avançar a vacinação por faixa etária.
A decisão foi tomada durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), com representação da gestão estadual e das Secretarias Municipais de Saúde, na manhã desta quarta-feira (28/7).
Os gestores também definiram a destinação das demais vacinas entregues ao Estado na terça-feira (27/7) e as que têm previsão de chegada na tarde desta quarta-feira (28/7), totalizando 486.810 doses: aproximadamente 68% serão utilizadas para segundas aplicações (d2), ficando o montante reservado na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi) para distribuição posterior.
Na quinta-feira (29/7), ainda serão distribuídas para d2 doses da Pfizer e da Coronavac que se encontram na Ceadi. As planilhas com números exatos que irão para cada município ainda estão sendo calculadas pela equipe técnica da SES, assim como as rotas de distribuição.
Gestantes e puérperas
Em nota técnica, o Ministério da Saúde indicou a finalização do esquema vacinal de gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz até 45 dias) que receberam apenas uma dose da vacina Astrazeneca. De modo geral, as vacinas não são intercambiáveis – tomar a primeira dose de uma fabricante e a segunda de outra. Porém, frente à impossibilidade deste público receber a segunda dose da Astrazeneca (para aquelas que tomaram a primeira antes da suspensão da marca a elas), novos estudos mostraram eficácia e segurança em completar o esquema vacinal com o imunizante da Pfizer. A nota ainda diz que, na falta da Pfizer, também poderá ser usada Coronavac.
Ajustes de distorções na distribuição
A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Cynthia Molina Bastos, apresentou ao Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/RS) um estudo para corrigir eventuais distorções na distribuição de doses das vacinas contra a Covid-19 aos municípios.
“Trabalhamos com estimativas populacionais que, muitas vezes, não correspondem, na vida real, à população que se vacina efetivamente em cada cidade. Queremos seguir distribuindo as vacinas da forma mais equânime e uniforme possível, levando em consideração, por exemplo, a maior população que municípios do litoral recebem no verão e da serra no inverno”, falou a diretora.
De acordo com o estudo realizado pelas equipes técnicas da SES, municípios que estejam vacinando pessoas em torno dos 40 anos ou menos possivelmente não estejam com déficit de doses. “Existem estratégias diferentes em cada município, por isso alguns conseguem atingir faixas etárias mais baixas, enquanto outros conseguem atingir um índice maior na segunda aplicação, por exemplo”, explicou a titular adjunta da SES, Ana Costa.
A partir das próximas remessas de imunizantes ao Estado, a distribuição levará em conta este estudo no cálculo de rateio das doses. Os 497 municípios gaúchos foram separados em quatro categorias, de acordo com o porte populacional, e foi calculada uma média percentual das coberturas vacinais. Os municípios que ficaram abaixo da média receberão doses para equalizar a diferença. Serão necessárias cerca de 200 mil doses, divididas entre 257 municípios gaúchos, para solucionar as distorções.
Texto: Ascom SES
Edição: Secom